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Mercedes-AMG C 63 S

Um sedã confortável que também sabe rugir alto

Publicado

Autor/Imagem:
Rafaela Borges

Carros como o Mercedes-AMG C 63 S reúnem o melhor de dois mundos. Esportivos preparados de fábrica, conseguem oferecer uma dose essencial de conforto para o dia a dia, mas são também feras que rugem alto, correm muito e têm comportamento brutal em certas ocasiões.

O modelo da Mercedes-AMG passa a ser importado agora com as mudanças que foram implementadas na linha Classe C produzida no Brasil. A versão preparada, porém, não é feita aqui. Vem da Alemanha.

Além do sedã C 63 S, avaliado pelo Jornal do Carro e tabelado em R$ 546.900, a linha tem as versões C 63, com preço de R$ 499.900, e C 63 S Coupé, por R$ 555.900. O motor é sempre o 4.0 V8 biturbo, com 476 cv no C 63 e 510 cv nos modelos “S”.

Embora o V8 não tenha passado por alterações, o câmbio do C 63 S é novo. O antigo automatizado de duas embreagens e sete marchas deu lugar a um de nove velocidades, chamado pela Mercedes-Benz de MCT.

A montadora informa que a transmissão é automática, mas o sistema tem embreagens – mais de duas.

De acordo com a Mercedes, sua vantagem é promover reduções de quinta para segunda marcha, por exemplo, sem necessidade de passar pela quarta e terceira, aumentando a velocidade do processo.

Velocidade, inclusive, é com o AMG C 63 S. Independentemente do modo de condução escolhido, o carro preparado faz as costas dos ocupantes grudarem nos bancos semiesportivos quando a pressão no pedal do acelerador é forte.

Não à toa. Além da alta potência e do câmbio extremamente rápido, o torque é impressionante, de 71,4 mkgf a apenas 2.000 rpm. De acordo com informações da fabricante, o carro acelera de a0 a 100 km/h em apenas 4 segundos e atinge 290 km/h de velocidade máxima.

O carro tem diversos modos de condução, que alternam as respostas de amortecedores, motor, câmbio e até direção. Há o confortável, o esportivo, o superesportivo e o Race (corrida, em tradução literal). O modelo também traz um modo para pisos escorregadios.

O processo de acelerar é sempre acompanhado por um ronco forte do V8, que fica mais assustador ainda no modo Race, quando as mudanças de marcha são feitas em rotação mais elevada. Nesse caso, o som lembra o de um “motorzão” aspirado, mesmo abafado pelo trabalho das duas turbinas. Além disso, dá para ouvir as marchas “raspando” nas reduções.

O modo Race também reduz a quase zero a assistência à estabilidade. Nesse caso, é bom ficar atento, principalmente em pisos molhados, pois o torque forte despejado nas rodas traseiras (onde está a tração do carro) faz essa parte do AMG C 63 S balançar bastante ao se acelerar forte.

O carro é bom de curvas, grudado no chão. Tem direção direta e progressiva, que vai ficando mais dura em velocidades mais altas. Outro destaque é o bloqueio do diferencial, que reduz o escorregamento das rodas internas nas curvas.

Por dentro, o C 63 S passa a vir com painel virtual, em tela de 12,3”″. O quadro é totalmente configurável; o motorista pode escolher as informações que quer ver em destaque.

A central multimídia é nova, e passa a trazer os sistemas de espelhamento Apple CarPlay e Android Auto. A tela de 10,2”″ não é sensível ao toque. Ela pode ser comandada por botões no volante ou no console central. Já a alavanca do câmbio, na coluna de direção, é facilmente confundida com a do limpador de para-brisas.

Por fora, há agora faróis full-LEDs, lanternas com nova disposição de luzes e um novo spoiler sobre o porta-malas.

A grade é exclusiva das versões AMG. Ela traz o estilo chamado pela Mercedes-Benz de Panamericana, com elementos verticais, e é igual à do AMG GT. O carro também se diferencia das versões convencionais pelo uso de preto nos para-choques, teto, capa do retrovisor e rodas. O volante é exclusivo dos Classe C AMG.

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