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Psoríase

Uma doença que se agrava com o estado emocional abalado

Publicado

Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

O combate à psoríase, uma doença inflamatória crônica não contagiosa, será lembrado na segunda-feira, 29, em todo o mundo. É o Dia Mundial Contra a Doença, que apresenta lesões avermelhadas e descamativas, e que pode afetar o corpo todo, principalmente os joelhos, cotovelos, mãos, pés e o couro cabeludo.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (2015/2016), a prevalência no Brasil varia entre 1,10 e 1,50%. As maiores incidências são registradas na região Sudeste, com quase dois por cento dos casos, e a menor, no Norte, com pouco menos de 1%.

O dermatologista Erasmo Tokarski explica que apesar da psoríase não ter cura, existe controle e tratamento para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.

“O protocolo clínico da doença evoluiu muito nos últimos anos e vai além dos medicamentos tópicos, como cremes, loções e shampoos. Dependendo do grau, existem outras formas de cuidar do paciente, como a fototerapia, os medicamentos sistêmicos e os injetáveis (biológicos)”, afirma Tokarski.

A doença que atinge ambos os sexos, tendo incidência maior entre os homens, apresenta fatores desconhecidos com relação à causa, mas sabe-se que fatores genéticos e emocionais podem agravar o problema. Este ano, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias recomendou ao Sistema Único de Saúde a incorporação dos medicamentos adalimumabe (como primeira opção terapêutica), secuquinumabe, ustequinumabe (na falha do adalimumabe) e etanercepte (para pacientes pediátricos), para o tratamento da psoríase moderada a grave em pacientes que apresentam falha terapêutica ou contraindicação ao uso das terapias tradicionais.

Outro medicamento que vem ganhando força no tratamento da doença é o *Apremilast, uma droga oral que promete reduzir a inflamação nas células da pele e das articulações. Para o dermatologista o remédio pode ser uma opção para quem tem a doença na forma mais desenvolvida e não obteve resultados satisfatórios com os outros tratamentos. “Ter novos tratamentos disponíveis é bom tanto para o paciente quanto para o médico, pois assim é possível avaliar melhor qual é o mais eficaz e também minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos atuais” explica.

Nos casos leves e moderados as indicações são os tratamentos tópicos e a fototerapia localizada, que consiste em aplicações de altas doses de luz ultravioleta na região afetada e pode ser utilizada em qualquer área do corpo. O procedimento é rápido e indolor e ainda protege a pele saudável. As sessões são realizadas duas vezes por semana e o número delas pode variar de 5 a 15; os resultados são satisfatórios no clareamento e até mesmo na regressão da lesão, mas o mais importante é devolver a autoestima e a confiança do paciente.

Conheça os tipos menos comuns da psoríase:

Ungueal
Apresenta lesões apenas nas unhas

Postulosa
Formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e planta dos pés.

Artrite Psoriática
Caracteriza-se por inflamação articular que pode causar até a destruição da articulação, sua incidência é mais comum nos dedos das mãos.

Gutata
Surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), frequentemente associada com infecções de garganta.

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