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Um morto

Venezuela acusa Brasil de ajudar ataque a quartel

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O Brasil ajudou, direta ou indiretamente, o grupo de extremistas que invadiu uma guarnição militar e provocou a morte de um soldado no domingo, 22. A acusação é do ministro da Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez. Embora não tenha apresentado provas, o auxiliar direto de Nicolás Maduro informou, via Twitter, que os envolvidos “foram treinados por paramilitares na Colômbia e receberam a colaboração do governo de Jair Bolsonaro”. Na ação, um militar foi morto; os insurgentes foram repelidos após intensa troca de tiros e cinco foram presos.

Também pelas redes sociais, Ricardo Delgado, ex-prefeito de Gran Sabana, sustentou que o grupo tomou um comandante como refém. Classificados por Caracas como ‘terroristas mercenários’, os militares que tomaram a iniciativa de atacar o quartel seriam na realidade do batalhão 513 Mariano Montilla, localizado na cidade de Luepa, a 180 quilômetros de Santa Elena de Uairén, na fronteira com a cidade brasileira de Pacaraima. “Os oficiais estão sendo apoiados por 30 indígenas de várias comunidades, que atenderam ao chamado dos militares pelo fim da ‘usurpação'”, disse Delgado.

O jornalista Román Camacho disse em sua conta no Twitter que os oficiais tomaram o 5102 Esquadrão de Cavalaria Motorizado em Santa Elena de Uiarén, de onde levaram 112 fuzis AK 103 e munição, além de um caminhão. Depois, assaltaram um posto policial em San Francisco de Yuruaní e levaram nove pistolas e cinco fuzis.

Durante a fuga, os rebeldes passaram por um ponto de controle militar, onde ocorreu um confronto. Um soldado morreu. O ex-membro da Guarda Nacional Bolivariana Darwin Malaguera Ruiz ficou ferido e acabou sendo preso. Foram recuperados 82 fuzis AK 103, 60 granadas e 6 caixas de munição.

Segundo Camacho, os militares lançaram uma operação para recuperar o restante das armas e deter o restante do grupo rebelde. A sublevação ocorreu em uma zona conhecida como O Arco Mineiro do Orinoco, uma área de 111.000 km², 12% da extensão do país. Trata-se de uma zona amazônica rica em ouro, diamantes e coltan, usado na fabricação de telefones celulares.

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