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Toma-lá-dá-cá?

Votação da Previdência rendeu 2,7 bi em emendas

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Autor/Imagem:
Marta Nobre, Edição

Pode ter sido mera coincidência, ou mesmo cumprimento da lei, e não o toma-lá-dá, como prega a oposição. Mas o certo é que, na véspera e durante a votação do texto-base da reforma da Previdência, o Palácio do Planalto liberou 2 bilhões 700 milhões em emendas parlamentares.

Para a oposição, esse gesto contradiz o discurso da ‘velha política’ condenada pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele usou a mesma tática dos seus antecessores, de acenar com dinheiro em troca de projetos aprovados.

Na ponta do lápis, foram R$ 2,7 bilhões empenhados em apenas dez dias, sendo R$ 1,5 bilhão em emendas individuais apresentadas por 550 deputados e ex-deputados federais.

A quantia representa uma média diária de R$ 268 milhões em desembolso em julho, mais do que o dobro da média registrada em maio de 2016 – R$ 123 milhões –, quando foi empenhado o maior volume de recursos em um único mês – R$ 3,8 bilhões – desde que a execução das emendas pelo governo passou a ser obrigatória, em 2015.

Naquela ocasião, tanto a presidente cassada Dilma Rousseff, que estava sendo afastada do cargo pelo Senado, quanto o ex-presidente Michel Temer, que assumia o comando do País, usaram as emendas parlamentares impositivas como instrumento de barganha política, em busca de votos contra e a favor do impeachment.

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