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Candidato tucano de Brasília prega perseguição a minoria gay

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O candidato a deputado federal pelo PSDB no Distrito Federal Matheus Sathler, a exemplo de outros candidatos menos notórios, está usando as redes sociais para mostrar suas ideias polêmicas e se tornar uma opção conhecida para o eleitor.

Com um discurso preconceituoso, revela o Terra, o advogado gravou vídeos atacando gays e feministas e postou em sua página no Youtube.

Em uma foto veiculada nas redes sociais, Matheus aparece ao lado do deputado Jair Bolsonaro PP-RJ). Em uma das gravações, ele propõe a criação do “kit macho” e do “kit fêmea”, para “ensinar” as crianças que “dois homens ou duas mulheres são família”.

Ignorando conceitos de instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que rechaça o termo “homossexualismo”, pois homossexualidade não é doença, o candidato afirma que “prevenir o homossexualismo é melhor do que remediar”.

“Eu me comprometo em criar o kit macho e também o kit fêmea, um nome carinhoso para poder rivalizar com o kit gay que está sendo distribuído nas escolas brasileiras, ensinando o homossexualismo ao seu filho a partir dos 4 anos de idade. Seu filho já vai ser educado que dois homens ou duas mulheres são família”, diz.

Ao ser criticado na própria página do vídeo, Sathler – que se intitula “doutor” -, explica que, com seus kits, “a menina aprende a cuidar da casa, dos filhos, não desafiar o marido e o homem aprende a liderar a casa, a não ser violento, a ser fiel, trabalhador, exemplar”. Segundo ele, o kit terá “educação que previna quaisquer atitudes homossexuais e feministas”.

O tucano também diz que “ninguém nasce homossexual” e que gays “são culpados e não vítimas de suas escolhas”. Sathler é rebatido pelos próprios internautas, que afirmam que “ninguém escolheria ser homo* em uma sociedade tão escrota, com pessoas como você, Matheus Sathler, que pregam ódio e intolerância contra minorias e mulheres”.

Em outro vídeo, o candidato do PSDB direciona suas críticas à presidente Dilma Rousseff por seu discurso no Dia da Mulher. Segundo ele, o feminismo é “absurdo” e ele tem “orgulho” em ser chamado de machista. No vídeo, ele chama Dilma de “presidanta”.

“Quando tive acesso a esse discurso da Dilma Rousseff, eu fiquei impressionado como ninguém se levantou para atacar esse discurso patético, feminista, absurdo e ridículo, e eu me senti profundamente motivado a rebater e a destruir esses argumentos. Eu quero começar com vocês, primeiramente, contra essa palhaçada da Dilma Rousseff querer ser chamada de presidenta. Na verdade é errado, na verdade ela não está querendo ser chamada de presidenta, mas de presidanta, uma justaposição de presidente com um animal irracional”, declarou.

Em sua página no Facebook, Sathler postou uma foto com o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido pelo discurso homofóbico. O tucano também se descreve como “protestante, conservador e liberal econômico”.

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