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Dilma e Aécio fazem debate mais ameno e evitam ataques pessoais

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A discussão sobre segurança pública, inflação e Petrobras dominou o debate entre presidenciáveis realizado pela Rede Record neste domingo (19). Ao contrário de encontros anteriores, não houve confronto nem ataques pessoais, embora os dois tenham demonstrado ironias em algumas momentos.

Aécio Neves (PSDB) criticou a política de segurança pública do governo federal, o descontrole em relação à inflação e perguntou se a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) confiava no tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto.

Dilma reagiu apontando as taxas de criminalidade em Minas Gerais, voltou a dizer que a inflação está sob controle e rebatou questionando se o tucano confiava em integrantes do PSDB que teriam recebido propina para encerrar uma CPI para investigar a Petrobras.

Aécio criticou a política de segurança pública do governo federal. “Onde falhou o seu governo no enfrentamento da criminalidade e do avanço das drogas no Brasil?”, indagou.

Dilma respondeu afirmando que a segurança pública não é responsabilidade do governo federal mas que, mesmo assim, investiu R$ 17,7 bilhões no setor. “Todo mundo sabe que o governo federal não tem a responsabilidade constitucional da segurança. Nós queremos ter esta responsabilidade. Tanto é assim, mesmo não tendo, gastamos do nosso orçamento R$ 17,7 bilhões”, afirmou.

Dilma rebateu afirmando que a criminalidade aumentou em Minas Gerais durante o período em que Aécio foi governador do Estado. “O mapa da violência demonstra que de 2002 a 2012, houve um crescimento de 52% nos homicídios em Minas Gerais, enquanto no Sudeste, como um todo, houve uma queda de 37% dos homicídios”, afirmou.

Aécio criticou o ritmo de crescimento da economia brasileira e a taxa de inflação no país e comparou os dados do Brasil com outros países latino-americanos. “Por que isso não acontece em países vizinhos nossos? Cito o exemplo do Chile, que consegue crescer bem mais do que o Brasil controlando sua inflação? Onde está o erro, candidata?”, indagou.

Dilma respondeu destacando que o Brasil tem uma taxa de 5% de desemprego, que segundo ela, é o menor nível da história, e disse que a proposta tucana de levar a inflação para 3% elevaria o desemprego para 15%. “Para ter 3% de inflação, o senhor vai triplicar o desemprego, ele vai para 15%, e o senhor vai elevar a taxa de juros, como já fizeram antes, a 25%, porque esse é o receituário.

A corrupção na Petrobras voltou a a ser debatida. Aécio perguntou se Dilma confiava no tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, como um dos operadores do esquema de desvio de recursos da estatal. “A senhora reconhece agora que houve desvios, aquele que é denunciado, para recebimento dessa propina, o tesoureiro João Vacari Neto, continuará como presidente do partido e continuará também como membro do Conselho de Itaipú, a senhora confia nele, candidata?”, perguntou Aécio.

Dilma devolveu a pergunta do tucano. “O senhor confia em todos aqueles que segundo as mesmas fontes que acusam o Vaccari dizem que o seu partido, o presidente dele, que lamentavelmente está morto, recebeu recursos para acabar com a CPI? O senhor acredita, candidato?”.

Na réplica, Aécio voltou a carga. “Porque se na Petrobras, onde ele não tinha, pelo menos qualquer acesso formal, 2/3 da propina segundo o delator, eram transferidas para ele, eu fico imaginando em Itaipu, onde ele tem um crachá, que assina documentos, que pode estar acontecendo lá”, disse o tucano.

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