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Triplex do Guarujá dá nova visão à PF para checar os passos de Lula na Lava Jato

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Daiene Cardoso, Ricardo Brandt, Andreza Matais, Fausto Macedo e Julia Affonso

A Polícia Federal incluiu o tríplex 164-A, que seria da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo, no rol de imóveis com “alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade” sob investigação na Operação Triplo X (22ª fase da Lava Jato) deflagrada nesta quarta-feira, 27.

“Manobras financeiras e comerciais complexas envolvendo a empreiteira OAS, a cooperativa Bancoop e pessoas vinculadas a esta última e ao Partido dos Trabalhadores apontam que unidades do condomínio Solaris (…) podem ter sido repassadas a título de propina pela OAS em troca de benesses junto aos contratos da Petrobras”, informa a representação de prisões e de buscas e apreensões da Triplo X assinada pela delegada Erika Miarik Marena, da equipe da Lava Jato, em Curitiba.

“Além das inconsistências já detectadas quanto ao imóvel que pertencera a Marice Correa de Lima (cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto), igualmente chamaram a atenção outros imóveis do mesmo condomínio que indicaram alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade”, registra a PF.

O relatório da Polícia Federal é ilustrado com um diagrama que inclui oito tríplex do condomínio Solaris, quatro da Torre A e quatro da Torre B – entre eles o 164 A. O diagrama montado pela PF indica que a OAS – empreiteira acusada por cartel no esquema de propinas na Petrobras – aparece como proprietária do triplex 164 A.

O alvo central da Triplo X são imóveis da Bancoop, adquiridos pela OAS, em nome da família de Vaccari e também o tríplex 163-B, na torre vizinha à que abriga o apartamento que seria de Lula. O imóvel está em nome da offshore Murray Holdings LLC, registrada em Nevada (EUA).

“Levantou suspeitas pela evidente disparidade de um imóvel de tais padrões frente à pessoa que se apresentou perante as autoridades fazendárias brasileiras como representante da dita offshore, qual seja, Eliana Pinheiro de Freitas, pessoa de condições simples, porém, representante de offshore que adquiriu uma série de imóveis desde 2009”, informa a PF.

Eliana e Nelci Warken – também alvo da Triplo X – seriam “laranjas” de um proprietário que a força-tarefa da Lava Jato diz ainda não saber quem é.

“Os indícios demonstraram o claro vínculo entre Eliana Pinheiro de Freitas e Nelci Warken, ambas com alguma atuação passada junto à Bancoop, provável local de sua aproximação, restando clara a condição de ‘laranja’ de Nelci que Eliana veio a ocupar”.

Fechando o cerco – Para o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), a nova etapa da Operação Lava Jato fecha o cerco contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em nota, o parlamentar diz que neste cenário, resta ao petista elevar a retórica para atacar os investigadores.

“A Polícia Federal já está na vizinhança de um dos principais chefes da organização criminosa que assaltou não só a Petrobras, mas diversas empresas públicas do País. Com a investigação contra os seus filhos e outra sobre a evolução de seu patrimônio pessoal, Lula partiu para o ataque. Mas a ação de hoje mostra que a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal não se intimidaram”, afirmou Bueno.

A Polícia Federal incluiu o tríplex 164-A, que seria da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Edifício Solaris, no Guarujá, litoral Sul de São Paulo, no rol de imóveis com “alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade” sob investigação na Operação Triplo X – 22ª fase da Lava Jato – deflagrada na manhã desta quarta.

Ao avaliar mais uma etapa da Operação Lava Jato, o líder do PPS disse acreditar que as investigações trarão mais novidades neste ano. “Trata-se de um esquema de corrupção tão sofisticado e amplo que teremos novos episódios que podem sacudir ainda mais a política brasileira”, previu o deputado.

estadao

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