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Atos pós-impeachment de Dilma transformam São Paulo em praça de guerra

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Bartô Granja, Edição

Usando tática de guerrilha, manifestantes contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff transformaram o centro da capital paulista em uma verdadeira praça de guerra na noite desta quarta-feira, 31. Entre os vândalos estavam membros de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Estadual dos Estudantes (UEE) e União da Juventude Socialista (UJS).

“Fora Temer”, “golpistas, fascistas, não passarão” foram as palavras de ordem mais entoadas pelos manifestantes. Dezenas de pessoas atacavam em grupos, depredavam e se dispersavam entre ruelas. Agências bancárias, lojas e lanchonetes foram depredadas. Um carro da polícia civil e pontos de ônibus também foram alvo dos vândalos.

Policiais militares lançaram mais de 10 bombas de gás lacrimogêneo em um intervalo de dois minutos contra os manifestantes. As bombas causaram grande correria e dividiram a manifestação. Parte dos manifestantes desceu a rua Itambé, paralela à Consolação, em direção ao centro.

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Pelo caminho, fogueiras eram montadas com restos de entulho e lixo. Muita gente se identificou como sendo de movimentos sociais, estudantis e coletivos feministas.

Em Porto Alegre, um grupo de manifestantes contrários ao impeachment da ex-presidente depredou a sede do PMDB no início da noite. Eles arrombaram o acesso ao local, atearam fogo e também colocaram um contêiner para dentro.

O protesto na capital gaúcha começou por volta das 18 horas com uma concentração da Esquina Democrática, tradicional palco de mobilizações populares, no centro de cidade. De lá, os participantes iniciaram uma caminhada por diferentes ruas da região.

O ato, até então, era pacífico. Nas proximidades da sede municipal do partido do presidente Michel Temer, o grupo encenou uma espécie de velório, colocando fogo em uma réplica de caixão em que estavam escritas palavras como “democracia” e “paz”.

Depois, algumas pessoas se dirigiram ao prédio do PMDB, na Avenida João Pessoa, e com chutes e empurrões forçaram a entrada no local. Na sequência, atearam fogo e empurraram um contêiner que estava rua para dentro do local. Quase todos cobriam o rosto com camisetas e lenços.

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A Brigada Militar (BM) usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação. Uma parte do grupo seguiu para a Avenida Ipiranga, onde ateou fogo em pneus.

No Rio, manifestantes se reuniram em atos pacíficos. A polícia acompanhou os protestos, sem intervir. A maior concentração foi na Cinelândia, na região central. O ato foi promovido pela Frente Brasil Popular, que reúne mais de cem entidades e partidos políticos de esquerda. Segundo os organizadores, cerca de 2.000 pessoas participaram do ato.

No Recife, manifestantes contrários ao impeachment percorreram a área central da cidade, percorrendo a Avenida Conde da Boa Vista, até a Praça do Diário.

O ato foi convocado inicialmente pela Frente Povo Sem Medo, entidade que reúne movimentos sociais para pedir a saída do presidente Michel Temer do cargo. A concentração começou na Praça do Derby ainda tímida; o ato ganhou corpo no fim da tarde, por volta de 17h30. A interdição bloqueou completamente o tráfego na Avenida Agamenon Magalhães nos dois sentidos. Os manifestantes levavam cartazes em que chamavam o impeachment de “golpe”.

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