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Agentes da Seop derrubam barraco de moradora de rua

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Agentes da Secretaria Especial de Ordem Pública da prefeitura (Seop) derrubaram, na manhã desta sexta-feira (3), o barraco de papelão montado por uma moradora de rua na Avenida Presidente Vargas, no Centro. Há cerca de três semanas o local era endereço da moradora de rua Shirley da Conceição Andrade e Silva Barros, de 36 anos. Sem qualquer repressão, ela ergueu seu barraco na esquina da Av. Presidente Vargas com a Rua Uruguaiana. Ela já havia até pintado de branco sua casa em pleno coração financeiro do Centro. Durante a ação, que não foi acompanhada por nenhuma assistente social da prefeitura, Shirley ficou muito nervosa e descontrolada. De acordo com os agentes, ela não quis ir para nenhum abrigo. A equipe informou que aguarda a chegada do Corpo de Bombeiros para tentar acalmar a moradora de rua.

Comerciantes e as pessoas que passam pelo local vinham reclamando da sujeira. Na quinta-
feira, por nota, a Secretaria municipal de Assistência Social disse que agentes iriam ao local na noite desta sexta-feira, mas — sem se referirem ao barraco na rua — alegou que o recolhimento é voluntário.

 

A casa improvisada onde Shirley da Conceição vivia no Centro do Rio foi erguida com restos de papelão, madeira e compensado. Um pouco afastado do cômodo principal, próximo à pilastra de concreto do prédio de uma grande agência bancária, ficava o banheiro. Pequeno, cercado de papelão. Dentro, num varal, há roupas íntimas penduradas.

 

Completando o ambiente, do lado de fora há um criado mudo com duas gavetas, uma cadeira e muito papel velho. Uma cena nada agradável para quem costuma almoçar em dois restaurantes nas imediações, agora com vista para o barraco.

Shirley conta uma história longa de como foi parar ali. Carioca nascida no subúrbio do Rio, foi morar no Piauí quando
casou, há 20 anos. Lá, teve três filhos. Em março do ano passado, abandonou tudo e voltou para o Rio, solteira. Foi morar
no Santo Cristo, onde alugou um quarto por R$ 350. Trabalhava como vendedora de biscoitos, mas, sem conseguir pagar o
aluguel, foi parar na rua.

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