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Alunos dedicados, donos do PIB assimilam as lições de Lula e Dilma

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Os empresários despertaram para o fato de que a união do trabalho e do capital é a melhor para o desenvolvimento nacional como aconteceu com Lula e José Alencar. Dilma deu sequência a essa estratégia que tem sido a melhor alternativa para o capitalismo nacional.

A prioridade ao mercado interno adotada por Lula e seguida por Dilma em plena crise capitalista global, a maior desde o crash de 1929, salvou as forças produtivas nacionais, indústria, comércio e trabalhadores.

Valorização dos salários, ampliação dos programas sociais, maior renda disponível para o consumo dos mais pobres favoreceram, claro, os ricos.

Estes foram os que mais se deram bem. Pobre comendo, rico sorrindo.

Benjamin Steinbrush, presidente da Fiesp, acaba de dizer que pode “dilmar”, depois de namorar Aécio. Eraí Maggi, o maior produtor de soja do mundo, não aposta no escuro. Comanda a campanha de Dilma no agronegócio.

Desmar Queirós, o maior empresário de varejo do setor de farmácia do Brasil, com a sua rede de lojas Pague Menos, reconhece que com o salário de 300 dólares vigente no Brasil, em comparação aos 74 dólares em vigor no final da Era FHC, a indústria e o comércio não têm do que reclamar.

O maior produtor de soja do Brasil e do mundo, Eraí Maggi, 270 mil hectares plantados, adiantou-se aos seus pares para dizer que alinhar-se ao lado de Dilma representa a melhor opção para o capitalismo brasileiro.

Ou seja, a burguesia comercial e industrial decidiu jogar com Dilma Rousseff porque, simplesmente, as forças produtivas, no geral, foram e continuarão sendo as mais beneficiadas com a opção nacionalista desenvolvimentista.

Deusmar Queirós, maior varejista do comércio de farmácia, com sua famosa rede de farmácias Pague Menos, não tem dúvida: o governo garantiu salário e consumidor para os empresários.

Prá que mais?

Em eventual segundo mandato, ganharão muito dinheiro, com a construção da infraestrutura nacional, na base das parcerias público privadas.

Terão a Petrobras como a grande investidora, para dar prioridade às encomendas contratadas com o capital nacional, num ambiente de investimento na área de petróleo na casa dos R$ 300 bilhões.

Abre-se o Valor Econômico de hoje e o que se vê são apostas dos capitalistas internacionais no Brasil, alemães, italianos, americanos, japoneses, chineses, coreanos etc.

A opção nacionalista desenvolvimentista petista, que chegou ao poder em 2002, mudando a correlação de forças na política e na economia, fez-se em cima do grande potencial nacional, o mercado interno poderoso e as reservas incalculáveis de matérias primas, energia, petróleo e biodiversidade, que representam oportunidades de investimentos para nenhum capitalista botar defeito.

Revelou-se o anti-líder empresarial da Era Petista. Jogou no lixo o discurso de José Gomes de Alencar. Ganhou todas as reivindicações que fez, os empresários industriais tiveram o que sempre pedem, ou seja, consumidores, mas joga contra Dilma, fazendo o discurso equivocado do ajuste fiscal, que traria recessão.

A agroindústria tende a se expandir para transformar os produtos primários em industriais, agregando valor em escala exponencial.

Até à chegada do PT o que se via?

Prioridade total, no âmbito do orçamento geral da União, para as forças do capital especulativo.

Sem dúvida, os banqueiros continuam se dando muito bem, porque a dívida acumulada, vegetativamente, desde o tempo em que a taxa de juros chegou aos 45% ao ano, no tempo de FHC, continuou fazendo estragos para os trabalhadores, mas beneficiando eles, os agiotas.

Paulo Skaf, do PMDB, não vai levar o governo de São Paulo e vê os empresários fugirem do seu discurso anti-Dilma. Vaidoso e prepotente, não sabe para onde vai. Perdeu-se ao viajar na maionese, recusando deixar Dilma subir no seu palanque. Como lider, cospe no prato em que come, confundindo os interesses da burguesia financeira com os da burguesia industrial. Nada a ver.

Porém, paralelamente, a essa prioridade conferida ao mercado financeiro, na tarefa de administrar o orçamento da União, obedecendo regras fixadas pelos credores, ainda, no tempo da Constituinte, em que são exigidas condições para financiar os gastos sociais, de acordo com as reservas orçamentárias, mas desprezadas tais regras quando se tem de pagar juros e amortizações de dívidas públicas interna e externa, as coisas mudaram, relativamente.

Desde 2003, a orientação política nacionalista desenvolvimentista reserva superavit primário cadente para os credores.

Na Era FHC, o superavit primário chegou aos 5% do PIB. Doze anos depois, sob governos petistas, o superavit está na casa dos 1,5% do PIB,

Dilma e Aécio, com seus assessores neoliberais, adeptos da agiotagem, estão perdendo o apoio dos empresários, temerosos de embarcarem na aventura liberal dos seus assessores, Armínio e Gianetti, economicidas.

Ou seja, o PIB dobrou, mas o percentual sobre ele reservado às economias forçadas para liquidar juros e amortizações, diminuiu.

O social, sob o nacionalismo desenvolvimentista, ganhou espaço, como expressão das conquistas asseguradas constitucionalmente aos trabalhadores, como produto da luta social democrática.

Por que os economicidas neoliberais queriam Marina e Aécio?

Simples, eles se comprometem com superavit primários elevados e metas inflacionárias, que representam juros mais altos, para elevar a lucratividade bancária.Se ria o pior negócio para os empresários industriais e comerciais e, claro, o melhor negócio do mundo para os especuladores.

Neca do Itaú. Que coisa! Marina caiu nos braços da bancocracia, jogando com o discurso totalmente oposto ao da sua classe social, em nome de um entreguismo desbragado.

O ajuste fiscal que Armínio Fraga, assessor de Aécio, e Gianetti da Fonseca, assessor de Marina, pregam arrebentariam com os trabalhadores, reduzindo renda disponível para o consumo em nome de maior volume de recursos para os agiotas.

Dançariam a indústria e o comércio brasileiros, que já sofrem as pressões da guerra monetária desencadeada pelos Estados Unidos, para enfrentar a crise, elevando a oferta de dinheiro e diminuindo os juros, para favorecer os negócios, enquanto exporta sua inflação para os outros, tomando destes o mercado.

A burguesia comercial e industrial estava, até agora, ingenuamente, fazendo coro com a burguesia financeira, namorando Aécio, preferencialmente, depois, Marina.

Estavam caindo na conversa mole dos agiotas neoliberais, repetindo como papagaio os argumentos deles, predominantes na grande mídia.

Compravam a agiotagem a preço salgado, preferindo demonizar Dilma e Lula, não percebendo que se não fosse ambos estariam no sal.

Os economistas da Confederação Nacional da Indústria(CNI) estavam – e ainda estão – no lero-lero neoliberal, assumindo como seu o discurso da agiotagem do mercado financeiro, pregando as sugestões deste como se elas fossem boas, excelentes, para o setor produtivo.

Equilibrismo orçamentário neoliberal, como prega o mercado financeiro, é uma boa para os agiotas, mas suicídio para quem produz, porque elimina consumidores, a matéria prima dos empresários, sem a qual morrem de inanição.

O que se vê, agora, com Benjamin Steinbruck dizendo que poderá “dilmar” representa uma cisão dentro da CNI.

Mantega comandou o nacionalismo desenvolvimentista que pode conquistar terceiro mandato, seguindo no posto, porque joga com as forças produtivas, transformando-se em inimigo principal das forças especulativas, por ter denunciado, em plena crise global, a guerra monetária dos ricos contra os pobres.

O presidente da CNI, Robson Andrade, tucano mineiro disfarçado, aecista confesso, estava traindo descaradamente Dilma Rousseff, que deu tudo o que ele pedia em matéria de vantagens para os industriais.

Em troca, recebe facada nas costas.

Vem agora Steinbruck e muda o discurso na reta final de campanha, indo contra Skaf, o presidente da Fiesp, que deixou o cargo para disputar o governo de São Paulo, pelo PMDB.

Skaf entrou em choque com o partido, no início da campanha, dizendo que não subiria no palanque com Dilma, fazendo coro com os empresários dispostos a se enganar com Aécio ou Marina.

O jogo mudou, na classe empresarial, na reta final da disputa eleitoral.

César Fonseca

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