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Após mortes , moradores do Alemão fazem ato pedindo paz

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Após quatro pessoas morrerem baleadas no Complexo do Alemão, na Zona Norte da cidade, nos últimos dois dias — a vítima mais recente foi um menino de dez anos, atingido por tiros na tarde de quinta-feira, durante confronto entre PMs e traficantes — moradores realizaram um ato pedindo paz na comunidade, no fim da noite desta quinta. Segundo os organizadores da manifestação pacífica, cerca de 300 pessoas participaram do protesto, que começou na localidade conhecida como Areal e terminou na Estrada do Itararé, um dos acessos ao conjunto de favelas. Em silêncio, muitas pessoas seguiram em passeata segurando velas, que foram depositadas numa das entradas do complexo. Não houve registro de violência.

A manifestação também foi um sinal de luto pela morte de vítimas na região. Além do menino Eduardo Ferreira, a dona de casa Elizabeth Alves, de 41 anos, foi morta dentro de casa, atingida por uma de bala perdida, na quarta-feira. Moradores relatam que há 90 dias sofrem com os constantes tiroteios na região.

 

— Este ato foi uma mistura de emoção e revolta. Já está todo mundo saturado disso — afirma Raull Santiago, de 26 anos, que estava no protesto. — A ideia é chamar a atenção para o fim da violência. O governo precisa assumir a falha e procurar] outros meios de atuação, com apoio de outros setores.

 

Ele conta que a participação das pessoas no ato foi “instantânea”, motivada pelo impacto causado pelos últimos
acontecimentos violentos na comunidade.Pelas redes sociais, muitos usuários prestaram solidariedade e manifestaram a revolta contra a violência nas comunidades.Na Internet, hashtags relacionadas ao Complexo do Alemão ficaram entre os assuntos mais comentados no Twitter, no país.

“Pelo menos 1 minuto de paz. Chega de guerra. Para que tanto sangue no chão, nas vielas, nos becos da favela?”, afirmou um usuário, através do microblog. ” Queremos ter o direito de sobreviver. Basta de tanto sofrimento”, escreveu outro, pelo Facebook.

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