Curta nossa página


Bem que a meteorologia avisou. O frio chegou; quem vai aguentar sem reclamar?

Publicado

Autor/Imagem:


Felipe Meirelles, Edição

O frio que o Brasil não teve em 2014 e em 2015 parece que veio em dose tripla em 2016. Desde o fim de abril, grandes e fortes massas polares avançaram sobre a América do Sul fazendo com que o Brasil experimentasse frio intenso, com temperaturas abaixo de zero na Região Sul. Este ano já foram cerca de 20 dias com registro de temperatura negativas no país. A menor temperatura até agora foi de 4,5°C abaixo de zero, em 8 de junho, observada pelo Instituto Nacional de Meteorologia em General Carneiro, no Paraná.

Mas o frio de junho apenas começou. O ar polar que já está sendo sentido com forte intensidade sobre o Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, sobre o Sul de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul já derrubou a temperatura também no oeste e sul de Mato Grosso, em Rondônia e no Acre.

Nesta quinta-feira, o centro desta massa polar, que é a região mais fria, passa sobre o Sul do Brasil, o que vai fazer a temperatura baixar ainda mais na Região. Porém, a grande expectativa é pelo resfriamento que deve ocorrer com a chegada de outra massa de ar polar, mais intensa do que a que já está atuando sobre o centro-sul do Brasil.

Uma das formas se medir a força de uma massa polar, o seu potencial de resfriamento, é pelo valor da pressão atmosférica. Toda massa de ar polar é um região de alta pressão atmosférica. Na onda de frio do fim de abril e do início de maio de 2016, o centro da alta pressão da massa polar passou com 1026 hPa sobre o Sul do Brasil. Esta situação pode ser vista na carta meteorológica analisada pela Marinha do Brasil, do dia 1 de maio de 2016.

A atual massa polar que influencia o centro-sul do Brasil também tinha um máximo de pressão atmosférica avaliado em 1026 hPa, às 9 horas de 8 de junho de 2016. No dia 8 de junho de 2016, 21 cidades do Sul do Brasil registraram temperaturas abaixo de zero, pela medição do Inmet e do Epagri-Ciram. Esta marca deve ser superada nos próximos dias, pois o que se prevê é que um centro de alta pressão polar com cerca de 1030 hPa passe sobre a Região Sul. Um valor de pressão desta ordem é tecnicamente muito forte e tem potencial para um resfriamento extremamente forte.

Há pelo menos três anos o Brasil não tem o frio que se prevê para o período de 9 a 15 de junho de 2016. É possível que tenhamos temperaturas tão ou mais baixas do que as observadas no memorável inverno de 2013. Apenas para comparação, no dia 24 de julho de 2013, uma massa polar passou sobre o Sul do Brasil com 1030/1032 hPa. Neste dia, a temperatura na cidade de São Paulo chegou aos 5,2°C, a menor para o ano de 2013 e em Rio Branco, capital do Acre, a temperatura chegou a 9,3°C, baixando para 9,1°C no dia 25 de julho de 2013, recorde de frio para aquele ano. Na véspera, São Joaquim, na serra catarinense, já havia registrado 5°C abaixo de zero.

O centro de alta pressão polar que avança para o Sul do Brasil nos próximos dias é extremamente forte, o mais intenso de 2016 até agora.
Há pelo menos três anos o Brasil não tem o frio que se prevê para o período de 9 a 15 de junho de 2016. É possível que tenhamos temperaturas tão ou mais baixas do que as observadas no memorável inverno de 2013. Apenas para comparação, no dia 24 de julho de 2013, uma massa polar passou sobre o Sul do Brasil com 1030/1032 hPa. Neste dia, a temperatura na cidade de São Paulo chegou aos 5,2°C, a menor para o ano de 2013 e em Rio Branco, capital do Acre, a temperatura chegou a 9,3°C, baixando para 9,1°C no dia 25 de julho de 2013, recorde de frio para aquele ano. Na véspera, São Joaquim, na serra catarinense, já havia registrado 5°C abaixo de zero.

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.