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Boataria do clima político pró e contra Dilma invade redes sociais

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Os protestos agendados para este final de semana agitaram não só o meio político, mas também as redes sociais. Em meio à discussão entre críticos e defensores do governo Dilma Rousseff, informações sobre golpe militar, guerra civil, golpe de esquerda e até o fim do Facebook no Brasil circularam na internet.

É o que mostra reportagem do Uol, assinada pelo repórter Edgard Matsuki. Confira alguns boatos e o que dizem as autoridades sobre eles.

Um áudio que circula nas redes sociais aponta que a “Inteligência das Forças Armadas” do Brasil está nas ruas e recomenda que as pessoas estoquem mantimentos para a Guerra Civil que deverá ocorrer entre as forças de direita e de esquerda. Primeiro vai ocorrer a intervenção militar de direita e, depois, a de esquerda.

Em uma das versões, uma pessoa se identifica como “ex-soldado Carvalhal e agora sargento Ferreira” e diz que a informação é sigilosa. Porém, no final, diz que a informação “está sendo vazado propositalmente” e pede o compartilhamento.

Em resposta, o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) informou, por meio de nota, que “os áudios veiculados nas mídias sociais não tem origem no Exército Brasileiro”.

Uma fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocando “o exército de João Pedro Stédile e do MST” para os protestos tem sido interpretada como uma tentativa de golpe de esquerda. A declaração de Lula foi dada durante um ato em defesa da Petrobras, no dia 24 de fevereiro. Além de Stédile, tropas venezuelanas também iriam ajudar na guerra.

No evento, Lula disse esperar que os movimentos sociais se mobilizem para defender as conquistas do governo do PT.

Assim como há pessoas falando em ditadura comunista, também fala-se em golpe militar no dia 15. Até uma suposta foto de exército marchando rumo à Brasília está circulando na web.

Em resposta sobre a possibilidade de um golpe, o Exército informou, por meio de nota, que pauta suas ações conforme o previsto na Constituição Federal. Assim, não cabe à Força Terrestre apresentar juízo de valor em relação aos assuntos políticos da Nação.

Alguns posts em redes sociais afirmam que, no dia 18 de março, o governo vai confiscar o dinheiro das poupanças. Logo que a informação começou a se espalhar, o Ministério da Fazenda desmentiu a informação.

Não é a primeira vez que isso acontece no ano. A primeira promessa havia acontecido no dia 13 de fevereiro e dizia que o confisco seria no dia 17. Assim como da outra vez, o Ministério da Fazenda fez o desmentido.

Esse boato é velho, mas ganha força sempre quando há instabilidade política no Brasil. Uma rápida busca no Google em com “é verdade que Dilma vai…” é completada com “desativar”, “cancelar” e “fechar” o Facebook.

Para o Facebook ser tirado do ar, existiria apenas dois caminhos. O primeiro seria o governo entrar uma ação na Justiça e ela teria que ser julgada procedente. Na página da AGU não há nenhuma referência a qualquer tentativa de processo do governo contra o Facebook.

O segundo passo (e muito mais improvável) seria o governo publicar um MP extinguindo o Facebook. Não só o governo não tem motivações para fazer isso (até porque Dilma e o governo usam a rede social como ferramenta de divulgação de material) como também não há nenhuma Medida Provisória que aponte para isso.

Seguir alguns passos pode ajudar na hora de identificar se uma notícia é verdadeira ou não. Uma dessas dicas é verificar sempre a fonte da informação. Os boatos normalmente não citam fontes ou, quando muito, relatam fontes anônimas (um amigo, um delegado etc). Vale também ficar de olho na estrutura do texto. Textos falsos na web sempre contam com muitos erros ortográficos, de concordância, letras em caixa alta e tom alarmista.

Os boatos também, normalmente, pedem o compartilhamento da informação (essa é a forma básica de sobrevivência das mentiras). Se você vir isso em uma mensagem, desconfie. Por fim, vale sempre checar a se a informação é verdadeira em sites de notícias.

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