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Bom mocinho viveu começo do fim sem saber que o fim estava próximo

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José Escarlate

Para mostrar quem é esse moço, Fernando Affonso Collor de Mello, uma historinha.

No início da década de 1990, atolado em dívidas, Adolpho Bloch decide vender a TV Manchete. O então senador Paulo Octávio, um dos mais empedernidos colloridos, entra no páreo para comprá-la.

A entrevista de Pedro Collor entregando a realidade do irmão à revista Veja, detonou o negócio. Seu Adolpho tentou o empresário Hamilton Lucas de Oliveira, ligado a PC Farias. Deu água.

Não conseguindo, Adolpho foi se queixar a Fernando Collor. No Palácio do Planalto, lamurioso, falou: “Presidente, eu estou no fim”.

Collor é seco, mais imperial que nunca: “O senhor está no fim e eu estou no começo. Com licença”.

E deixou o pobre Adolpho Bloch sozinho, de mãos abanando.

A verdade é que os dois estavam no fim, a diferença é que Bloch sabia, e Collor, não.

PV

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