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Brasília, 1958. Tenacidade e arrojo garantem para Rádio Nacional os transmissores

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José Escarlate

Inaugurada antes da fundação de Brasília, em 31 de maio de 1958, a Rádio Nacional teve papel importante na consolidação da cidade. Nesse dia, os candangos que trabalhavam na construção da Capital Federal deram uma pausa nas obras para ouvir o presidente e participarem da festa, convidados por JK, do alto de um palanque.

Num breve improviso, o presidente disse que, a partir daquele momento, Brasília marcaria sua presença em todo o país, levando sua palavra através dos possantes transmissores da Rádio Nacional. “Das vertentes amazônicas às coxilhas gaúchas, e dos contrafortes andinos ao litoral atlântico, Brasília se fará ouvir” – disse um emocionado Juscelino. “Será uma mensagem diária da tenacidade e do arrojo dos que estão travando esta grande batalha patriótica no Planalto Central”.

A partir daí, a grande comitiva de artistas da Radio Naciomal do Rio, a partir da tarde, alongando-se noite adentro, explodia num apoteótico show, trazendo alegria a todos nos canteiros de obras da futura capital. Nomes badalados como Dóris Monteiro, Lana Bittencourt, com sua música Little Darlin, sucesso do momento, Ângela Maria, Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Grande Otelo, Pixinguinha, João Dias, Cauby Peixoto, Carlos Galhardo, e ainda a presença de um naipe de apresentadores da emissora.

Até então, a vida cultural e a diversão dos candangos que aqui estavam, vindos das mais diferentes regiões do país, em especial do Nordeste, eram feitas através de serviços de alto-falantes, colocados no alto dos postes de madeira, na Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante. Era o que os candangos chamavam de “pau que fala”, idealizado por Carlos Senna e sua mulher, dona Neusa, na sua “Voz de Brasília”.

Havia, ainda, para lazer dos operários, os circos do coronel Jorginho Suaid, do Sabuginho, do Cacareco e do Dino Santana, que formava a dupla “Maloca e Bonitão”, com seu irmão, o humorista Dedé Santana, dos Trapalhões, que iniciava a carreira. A Rádio Nacional de Brasília ficava em um barracão improvisado, na quadra 507 Sul.

Na grande comitiva que desembarcara em Brasília, seus dois primeiros diretores: Edmundo Vale e Fernando Jacques, da Nacional Rio.

PV

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