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Briga das autoridades Chico e Mino coloca fogo na política local

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Não é de hoje a existência de conflitos entre jornalistas e políticos. É histórico. Enquanto aqueles denunciam, estes se defendem e, é claro, contra-atacam também. Tem sido assim a relação entre Mino Pedrosa e o deputado distrital Chico Vigilante (PT). Um é autoridade jornalística. Outro, autoridade parlamentar.

No plenário da Câmara Legislativa, o deputado Vigilante usou o comunicado de líderes desta quarta-feira 6 para atacar seu desafeto jornalista. De acordo com o petista, Mino teria chamado os deputados distritais de “gatunos” (termo que os dicionários descrevem como aqueles que roubam as coisas, fazem pequenos furtos).

Vigilante não queria ficar sozinho na artilharia. Conclamou seus colegas para se defenderem e pediu que a Procuradoria da própria Casa se posicionasse. “Se não reagirem, são gatunos mesmo”, cutucou o distrital.

Calados ouviram o discurso, calados continuaram. Ao contrário do que ocorre normalmente durante algumas preleções efusivas do petista, os distritais não pediram aparte.

O silêncio dos distritais se justifica. Afinal, ‘eles sabem que eu não estou mentindo’, reagiu Mino em conversa com Notibras. E lançou mais um petardo. “A autoridade parlamentar Chico Vigilante mentiu mais uma vez. Respeito os deputados. Em momento algum me referi a eles como gatunos”, sublinhou.

A gênese da troca de ofensas se deu de manhã, no programa de rádio Retrato Falado, ancorado por Mino. Lá, com os ouvidos atentos do próprio deputado, ele fez suas costumeiras denúncias e acusações. E nisso pode ter havido uma confusão, segundo o jornalista. Mino teria chamado Tadeu Filippelli e Agnelo Queiroz de gatunos; os distritais, não.

O deputado distrital, que na terça-feira chegou a dizer, também em plenário, que Mino Pedrosa havia sido preso, corrigiu a informação. Disse que um juiz (não citou o nome) mandou ‘recolher’ o jornalista por não ter pago uma das ações em que foi condenado. Sobre o episódio da suposta prisão, Mino ironiza. “Eu estava preso a um jet-ski no Lago Paranoá”.

Vigilante também disse que o jornalista teria 42 ações na justiça e cinco condenações. Curiosamente, os processos contra Mino citados por Vigilante em plenário têm como querelantes alguns expoentes do PT. Incluem-se nessa lista o ex-governador Agnelo Queiroz e o ex-secretário de Saúde do governo petista, Rafael Barbosa, além do próprio distrital.

Uma correção nos números informados pelo petista, observada pelo próprio jornalista. Não são 42 processos que Mino leva nas costas. Segundo ele, em toda a sua carreira já são ao menos 130. Apenas uma condenação, por falta de advogado, explica. E mesmo assim com direito a recurso.

Mino acredita que Vigilante esteja mais furioso com ele por causa da informação sobre a agressão do distrital a uma mulher. O deputado nega. O jornalista diz que prova e afirmou isso ao prometer que colocaria o processo em seu site na tarde desta quarta-feira. O que não ocorreu. Mas garante que vai divulgar. E como diz no jargão popular: vai matar a cobra e mostrar o pau. IOu, no caso específico de Chico, ‘é pau no gato’.

Elton Santos

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