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Coordenador da campanha de Aécio Neves foi investigado pela PF

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O escolhido pelo presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG) para coordenar a sua campanha no estado do Rio, Wilson Carlos – ex-secretário estadual de Governo da gestão de Sérgio Cabral e também ligado ao governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB) – foi pego pela Polícia Federal, em 2010, em investigação na Operação Castelo de Areia, com uma conta em Hong Kong, onde recebia propina da empreiteira Camargo Corrêa em irregularidades em obras públicas. Cabral é um dos grandes apoiadores de Aécio no estado.

A pedido da Procuradoria da República de São Paulo, procuradores no Rio apuraram indícios de pagamento de R$ 843,5 mil a Carvalho, em 2008, pela Camargo Corrêa, o que estaria relacionado a contratos das obras do metrô do Rio de Janeiro. A Camargo Corrêa doou R$ 1 milhão para a campanha à reeleição de Cabral, segundo dados da Justiça Eleitoral.

O nome de Carvalho surgiu na Operação Castelo de Areia a partir de uma análise realizada pela PF em documentos apreendidos na casa do consultor Pietro Francesco Gavina Bianchi, em São Paulo. Bianchi foi diretor e atualmente é consultor da Camargo Corrêa.

Segundo interceptações telefônicas feitas pela PF em 2009, o ex-diretor guardava em documentos que poderiam comprovar irregularidades, como caixa dois eleitoral e suborno.

A PF então invadiu a casa de Bianchi, com ordem judicial e apreendeu diversos manuscritos e tabelas com nomes de políticos que teriam recebido ajuda financeira da Camargo Corrêa -parte dos pagamentos foi feita durante as eleições de 2006 e registrada na Justiça Eleitoral.

Cinco papéis rubricados por Bianchi, segundo a PF, citam Wilson Carvalho, sempre relacionando-o ao metrô do Rio. Ele é identificado como “Wils”, “Wilson”, “secret Wilson” e, num deles, especificamente como “secret. Gov Wilson”. Na época, Carvalho comandava a Secretaria de Governo.

Os documentos falam do pagamento de “parcelas” de uma suposta “dívida” da empreiteira referente ao metrô. Uma tabela indica que seriam 12 mensalidades em 2008. Os valores corresponderiam a 5% do total recebido a cada mês pela Camargo Corrêa em supostos contratos para execução de obras.

Os papéis que citam Carvalho trazem as datas de 25 de fevereiro (R$ 167,5 mil), 25 de março (R$ 165 mil), 27 de abril (R$ 166,5 mil), 26 de maio (R$ 167,5 mil) e 25 de novembro (R$ 177 mil), num total de R$ 843,5 mil.

O suposto pagamento de R$ 166,5 mil, de abril, aparece ainda em outro documento. Trata-se da fotografia de um papel, achada em um pen drive na casa de Bianchi, que registra quatro operações de remessas a contas bancárias abertas na China e em Hong Kong em nome de empresas offshore.

Num dos cantos desse papel aparece a sigla “RIM”, que, segundo a PF, é o código da obra do “Rio-Metrô”, ao lado das palavras “leão” e “avestruz”.

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