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CUT reúne gatos pingados contra terceirização e promete parar o País se a lei passar

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Representantes de centrais sindicais e movimentos populares deram uma espécie de ultimato ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira, em São Paulo: em protesto pelas ruas do centro da cidade, eles rechaçaram o projeto de terceirização de mão de obra  e prometeram ir para as ruas “massivamente” caso a presidente sancione a proposta.

O projeto regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho e torna possível que quaisquer atividades-fim sejam submetidas a essa forma de contratação. Uma vez aprovada na Câmara, a matéria ainda segue para votação no Senado.

O ato na capital paulista reuniu cerca de 400 pessoas, segundo cálculos da Polícia Miliutar. A CUT esperava levar mais de 50 mil pessoas à manifestação.

Para o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, o ato de hoje foi um repúdio ao projeto em tramitação, proposto pelo deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), além de um pedido de atenção à saúde pública no País – uma vez que hoje é celebrado o Dia Mundial da Saúde, e passeatas com a temática, organizadas pela CUT, são anuais.

“O governo deveria ter chamado as centrais sindicais para negociar esse tipo de projeto, e não ter deixado nas mãos do Congresso – ainda mais um Congresso reacionário e sem a cara da classe trabalhadora como o nosso. Se a presidente não vetar isso, a CUT e os trabalhadores vamos reagir nas ruas, custe o que custar”, avisou.

Conforme o sindicalista, o projeto de lei afetaria a classe trabalhadora à medida em que deixaria os empresários livres para terceirizar e abrir mão de obrigações trabalhistas.

“A lógica da terceirização é perversa, porque ela tira benefícios e reduz salários. As empresas passarão a contratar pessoas jurídicas e empregados terceirizados que não estarão submetidos a uma convenção coletiva – isso, além do mais, pulveriza a atividade sindical”, definiu Lima. “Não é uma iniciativa que vá melhorar a qualidade de vida do trabalhador ou a qualidade do produto, mas que vai aumentar a margem de lucro do patrão. Isso passa pelo corte de benefícios, não temos dúvida disso”, pontuou o presidente da CUT paulista, para quem “o governo Dilma errou e agora precisa vetar esse projeto”.

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