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Depois de FHC, Cerveró, ex-afilhado, afoga Lula no barril de propina do Petrolão

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José Seabra, com agências

Um novo ingrediente da Operação Lava Jato tem tudo para reacender a crise política nesse período de recesso parlamentar. É que o nome da maior estrela do PT, até então preservado, enfim apareceu com todas as letras no Petrolão. Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, presentou Nestor Cerveró com um elevado cargo na Petrobras, a título de agradecimento por ter feito alguns favores ao partido.

O ‘ato de gratidão’ de Lula foi motivado pelas facilidades oferecidas por Cerveró para que o Grupo Schain vencesse uma licitação para aluguel de um navio-sonda para a Petrobras. Valor do negócio: 1 bilhão de reais. Para o Ministério Público, o acordo fez parte da liberação de 12 milhões para o PT, pelo Grupo Schain, com a intermediação do pecuarista José Carlos Bumlai.

Em um dos trechos da sua delação premiada, Cerveró disse que conseguiu continuar na estrutura da Petrobras graças à intermediação desse negócio. Segundo ele, foi o próprio Lula quem decidiu indicá-lo para o cargo na BR Distribuidora. Ainda de acordo com o ex-diretor, coube a Lula garantir que o senador Fernando Collor de Mello tivesse acesso político à estrutura da BR Distribuidora, com a indicação de nomes para ocuparem cargos na empresa.

Cerveró também afirmou que, entre 2010 e 2013, participou de várias reuniões com políticos para tratar de propinas desviadas da Petrobras. Entre os nomes que citou estão, além de Collor, o também senador Delcídio do Amaral e o deputado federal Cândido Vacarezza,, além do presidente do Senado, Renan Calheiros.

O depoimento de Cerveró é rico em detalhes. Ele apontou que nas reuniões eram discutidas as atribuições de diretores da BR Distribuidora para a angariação e distribuição das quantias junto às empresas que prestavam serviços para a empresa. Ele também relatou um encontro com Renan, que teria reclamado por não receber repasses de propinas. Ou Cerveró pagava, ou perdia o apoio político do senador para permanecer no cargo.

Há dois dias, vazou um trecho de outro depoimento de Cerveró, indicando que os tucanos receberam 100 milhões de dólares em propinas da Petrobras, durante os dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Por meio de postagens nas redes sociais, FHC negou as acusações.

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