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El Niño volta com força e promete estragos quando setembro chegar

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O El Niño está em curso na região tropical do oceano Pacífico e pode ter consequências graves até o fim do ano, informaram cientistas.

O fenômeno é causado por variações nas temperaturas do oceano e pode gerar secas e inundações em diversos países, inclusive no Brasil.

Pesquisadores americanos anunciaram em abril que ele havia começado, mas ainda estava “fraco”.

Mas é possível que venha a provocar efeitos “substanciais”, com episódios climáticos intensos a partir de setembro, segundo o Bureau de Meteorologia da Austrália.

“Este não é um El Niño fraco”, afirmou David Jones, gerente de monitoramento e previsão climáticos do centro australiano.

“Sempre há um grau de incerteza em previsões sobre intensidade, mas todos os modelos sugerem que este será especialmente substancial.”

Os El Niños costumam ocorrer com uma diferença de dois a sete anos entre eles, como parte de seu ciclo natural.

Mas cada ocorrência do fenômeno é diferente, e, uma vez que começa, é possível prever como se comportará num período posterior de seis a nove meses, com um bom nível de precisão.

Para isso, cientistas operam bóias que medem a temperatura da água, correntes submarinas e ventos.

Os dados – junto com informações de satélite e observações meteorológicas – alimentam modelos computacionais feitos para prever o desenrolar do El Niño.

No entanto, não permitem saber sua intensidade ou duração, assim como possíveis áreas afetadas.

Cientistas vêm trabalhando na tecnologia para serem capazes de emitir alertas.

Espera-se que o El Niño gere eventos climáticos mais extremos com o aumento das temperaturas no planeta.

Um forte El Niño ocorrido há cinco anos estava ligado a chuvas de monções fracas no sudeste da Ásia, secas no sul da Austrália, das Filipinas e do Equador, nevascas nos Estados Unidos, ondas de calor no Brasil e enchentes no México.

Outro El Niño intenso era esperado durante a temporada de temperaturas recordes do ano passado, mas não se concretizou.

Eric Guilyardi, do departamento de meteorologia da Universidade de Reading, no Reino Unido, disse que isso ficará mais claro nos próximos meses como será o fenômeno desta vez.

“Saberemos durante o verão no hemisfério norte”, afirmou.

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