Curta nossa página


Eleição geral já, porque nada é tão ruim que não possa piorar

Publicado

Autor/Imagem:


Como um tango argentino as avessas, o pedido de impeachment veio pelas mãos de Eduardo Cunha, de prontuário suspeito e como um último ato de cinismo. Até o mais ingênuo dos eleitores do presidente da Câmara entende que ele age de forma fissurada, na tentativa de demonstrar força para escapar de ser denunciado ao STF, e que, condenado, venha a perder o mandato, por envolvimento nas já desvendadas traficâncias apresentadas pela operação Lava-Jato dele e de sua família.

Cunha sempre vem trabalhando pela aprovação de “pautas-bomba” que miram explodir o combalido e mal versado Orçamento da União. Consequentemente, queira ou não, objetiva desestabilizar a economia brasileira e, a reboque, a política nacional.

Porém, no território livre da mentira, da fraude e da falsidade ideológica, o desafio é achar o coração do corpo. É preciso entender que o corpo corrupto é também corruptor.

Realmente, a coisa vai degringolando a cada dia, provando a máxima de Murphy de que nada é tão ruim que não possa piorar.

No caso da crise política, a dinâmica dos fatos é mais uma trama do “teatro do bem e do mal”, com seus personagens caricatos e roteiros surreais.

E Dilma está no limbo mesmo: seu guru é o sábio e erudito Lula. E seu amigo do peito é o sempre leal (esfaqueador) Temer e sua verve literária de vice. Que maré!

Uma opção à Dilma seria seguir a recomendação do papa e fazer uma romaria por sete igrejas em busca de redenção. Mas fica a sugestão para que ela vá também a terreiros.

O que vale mais? O destino de políticos proeminentes ou a estabilidade institucional do país?

A situação piora com Eduardo Cunha manipulando o Legislativo na sua guerra particular. É uma briga de rua que corrói e rói a política cada vez mais.

Ainda assim, me parece que as piadas não têm mais fim… a comissão eleita para analisar o impeachment reúne Jair Bolsonaro, Feliciano e Bruno Covas…

E só pra completar… O caso Temer-Dilma nada é senão uma DR pública. Toda DR é ridícula. Em público, então, nem se fale!

O que é pior: poupar a presidente Dilma de ser impichada ou deixar um corrupto solto na rua? Não há o que temer, disse um. E outro respondeu: “É uma cilada, Bino”!

No geral, o teatro do bem e do mal em que se transformou o Congresso Nacional é uma peça deprimente. Ou chacota? A gente não merece isso.

Infelizmente sabemos que sem delação não há punição. Mas, delatores não merecem respeito, não porque sejam delatores, e sim porque são criminosos também.

Quem topar, fecho acordo por uma eleição geral. Ampla, aberta e irrestrita. Porque nada é tão ruim que não possa piorar. Batuquemos!

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.