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Em tempos de vaca magra, elefante do Mané abriga órgãos

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Uma das decisões mais acertadas do Governo do Distrito Federal começa a ser posta em prática. Trata-se da ocupação de salas do Estádio Nacional Mané Garrincha por Secretarias de Estado, que hoje pagam caros alugueis em prédios privados. A medida vai proporcionar economia de alguns milhões de reais aos cofres públicos e se apresenta como solução até que resolva o imbróglio surgido com o Centro Administrativo erguido na gestão de Agnelo Queiroz em Taguatinga.

O objetivo do governo, revela  secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Antonio Paulo Vogel é transferir para Taguatinga todos os órgãos da administração pública que atualmente ocupam 95 imóveis alugados e, consequentemente, deixar de gastar cerca de R$ 60 milhões por ano.

No entanto, disse Paulo Vogel em entrevista à Agência Brasília, “isso ainda não é possível porque o complexo de prédios, inaugurado em 2014, tem pendências de documentação e está sem mobiliário, luz e água. “Estamos resolvendo os problemas do Centro Administrativo e vamos diminuir a conta de aluguéis com o remanejamento de alguns órgãos”.

O secretário acredita que o tempo será suficiente para o governo decidir a destinação da arena construída para receber os jogos da Copa do Mundo da Fifa de 2014. Com intuito de definir a melhor forma de gestão do estádio, um grupo de trabalho foi criado em fevereiro com representantes da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e das Secretarias de Turismo e do Esporte e Lazer.

Mesmo se a solução for conceder a administração e a exploração da área a empresas privadas, a ocupação pelas secretarias agora não será obstáculo no futuro. “A concretização disso não é imediata. Depois que o grupo de trabalho concluir o relatório, o processo é longo e envolve consulta pública, elaboração e publicação dos editais de licitação. É o tempo de que precisamos para viabilizar a ocupação do Centro Administrativo”, explica o secretário.

Vogel ressalta que a ocupação do Estádio Nacional, ainda que temporária, não significará despesa extra ao governo. A estrutura formada por 40 salas equipadas com pontos de rede, ar-condicionado, internet e banheiros está ociosa desde o fim da Copa do Mundo, em julho de 2014.

Com a transferência das Secretarias do Esporte e Lazer, de Economia e Desenvolvimento Sustentável e de Desenvolvimento Humano e Social para a arena, a economia deverá ser de R$ 880 mil por mês com aluguel — R$ 10,5 milhões por ano. Atualmente, as secretarias ficam em um prédio na 509 Norte.

A mudança é parte de um conjunto de medidas adotadas pela administração pública para diminuir os gastos do governo e redirecionar os recursos a pagamentos mais urgentes, como o de pessoal. “Estamos enfrentando uma crise financeira e tudo que puder ser feito para economizar será feito”, afirma Vogel.

Para levar as três secretarias ao Estádio, serão gastos R$ 170 mil. Esse valor inclui serviços como transporte, desmontagem e montagem dos móveis (os das secretarias serão aproveitados) e instalação de computadores. Não haverá necessidade de adaptações na construção, pois as salas estão prontas para receber estrutura de escritório. A transferência também não prejudicará a utilização do Mané Garrincha para abrigar jogos, shows e outros eventos.

Os cerca de 400 servidores que cumprirão expediente na arena terão acesso exclusivo às secretarias — caminho que já existia para atender aos funcionários da Fifa.

Karla Maranhão, com texto de Paula Oliveira, da Agência Brasília

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