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Filippelli tenta se safar, mas Ribeiro e um Moro vão deixar?

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O transporte público na capital da República sofreu rombos enormes na gestão de Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli. Licitações com indícios de fraudes não faltaram, como no DFTrans e na própria Secretaria de Transporte. Pasmada, a sociedade presenciou dinheiro público sendo pago a “coitados” empresários milionários, às custas do brasiliense que teve que engolir os novos ônibus de tamanho reduzido e menos assentos.

Hoje é sabido que uma verdadeira farra foi gerenciada pelo PMDB de Filippelli, velho aliado do PT de Agnelo. De ninguém o vice-governador escondia que a pasta do transporte pertencia ao partido. E, pior, que tudo era por ele comandado. Logo Filippelli, que se fez famoso pela mansidão e prudência de seus passos na política, como se fosse uma serpente.

Mas o caldo vai entornar. É o que avaliam obseervadores políticos, se debruçando em análise sobre o lento caminhar da CPI do Transporte instalada na Câmara Legislativa. O sinal foi dado com o depoimento de Samuel Barbosa. Um terremoto sacudiu as hostes peemedebistas, com os partidários de Filippelli articulando para blindar o ex-vice-governador.

Ocorre, porém, que se esqueceram de acertar isso com o relator da CPI, deputado Raimundo Ribeiro. O tucano tem dado voos rasantes para bicar Filippelli. E no que depender dele, o homem tido como responsável por uma licitação supostamente ilícita, terá de prestar contas pelo que fez de errado.

Raimundo Ribeiro é o que se convencionou chamar de deputado independente, sem ter rabo preso com ninguém. Portanto, está à vontade para empurrar Filippelli no olho do furacão. Afinal, como representante do PSDB, o parlamentar sempre bateu de frente com a dobradinha PT-PMDB que mandou em Brasília entre 2010 e 2014.

Não bastasse isso, o tucano é o único membro titular da CPI que não tem ligações com Agnelo e Filippelli. O mesmo não se pode dizer do Bispo Renato Andrade (PR), Sandra Faraj (SD), Ricardo Vale (PT) e Rafael Prudente (PMDB). É nesse grupo que Filippelli confia para melar um pedido de convocação. E o ex-vice-governador usará toda a sua influência suficiente para não ser cobrado a dar explicações.

Os esforços de Raimundo Ribeiro, porém, podem ser em vão. A máxima de que uma andorinha só não faz verão, pode ser aplicada também ao tucano. E mais uma vez o brasiliense deverá provar o gostinho amargo de uma pizza que escondeu o recheio dos milhões de reais desviados sabe-se lá para quem, embora se saiba por quem.

Apesar de todo esse quadro, admite-se a existência de uma voz dissonante entre os aliados do governo de Agnelo e Filippelli. É o deputado Welington Luiz (PMDB), que em mais de uma oportunidade deixou claro que se Filippelli for convocado, terá de se explicar na CPI.

É notório que o PMDB tem marca e coringas na manga. É um partido que, mesmo fora do poder, consegue comandar o jogo político, a ponto de tentar vender a imagem do bom moço Filippelli, suposto candidato da legenda ao Palácio do Buriti em 2018.

Resta saber se o povo irá esquecer o desgoverno da dupla Agnelo-Filippelli,  que escolheu como caminho a antiga corrupção, e deixou como herança uma máquina sucateada. A torcida é para que a CPI dê certo, e que Filippelli, se for identificado como responsável pelas mazelas no setor de transportes, seja exemplarmente punido.

Se, porém, o poder político vencer em detrimento dos interesses maiores da sociedade e a CPI for jogada na lixeira, restará ao povo alimentar a esperança de que surja por esses lados um juiz corajoso, ao estilo Sérgio Moro. Mesmo que seja clone, porque a simples menção à ameaça de Justiça, Filippelli e seu grupo tremem como as folhas de – e do – buriti.

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