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Fraga colocou a mão em botija alheia e pode acabar na Lava Jato

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Desde os tempos de nossos avós a expressão ‘pego com a mão na botija’, transporta a quem era flagrado fazendo algo que vai contra a moral e os bons costumes. Em síntese, pessoa que roubava, uma vez que ‘botija’, no caso, servia para conter dinheiro, joias, ouro, tesouro.

Há algum tempo a botija volta a circular de boca em boca. Diz-se, ou suspeita-se, que mãos conhecidas, embora estranhas ao conteúdo, andaram se arvorando em aceitar ou mesmo a colher dinheiro de uma botija mais robusta.

Um desses personagens seria o deputado federal Alberto Fraga (DEM). Se na botija propriamente dita ele não colocou as mãos, como se supõe, suspeita-se que sua campanha no ano passado tenha recebido muitos trocados da fonte que da botija jorrou.

Para se ter uma ideia do que está acontecendo, basta lembrar que na semana passada a Polícia Federal, durante a 18° fase da Operação Lava Jato, batizada de Pixuleco II, cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório de advocacia do Sacha Reck, em Brasília e Curitiba, buscando documentos que selam o envolvimento do advogado em desvio de recursos do Ministério do Planejamento.

O que a Polícia Federal encontrou foi bem maior do que se esperava. Sacha Reck atuou como líder no esquema que fraudou a licitação milionária no transporte coletivo que se deu no governo de Agnelo Queiroz e Tadeu Filippelli. O pai de Sacha, o também advogado Garone Reck, dono do maior escritório de advocacia no Paraná, disse aos procuradores que não vai pensar duas vezes na hora de contar a verdade sobre o esquema montado em Brasília, em que o escritório é alvo da CPI do Transporte Coletivo na Câmara Legislativa.

Documentos revelam que no governo de José Roberto Arruda, o então Secretário de Transporte, Alberto Fraga, eleito deputado federal com dinheiro do propinoduto conseguido através de Gim Argello, assinou convênio com o escritório de Garone Reck, o que serviu de base na fraude do certame no governo petista.

Vale frisar que o vice de Agnelo, Nelson Tadeu Filippelli, mantém estreitas relações com o deputado federal Alberto Fraga. Pelo visto, a operação Lava Jato vai passar a limpo os governos de José Roberto Arruda, Agnelo Queiroz e também vai alcançar o governo de Rodrigo Rollemberg, já que o secretário de Saúde de Brasília, Fábio Gondim, é investigado na Lava Jato no escândalo do precatório maranhense que envolve o doleiro Alberto Youssef.

Que Sacha chegou a Brasília pelas mãos de Fraga, ninguém pode duvidar.

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