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Governo desconsidera alternativa para evitar risco de apagão

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O risco de apagões e racionamento de energia será debatido nesta quarta-feira 12 pela Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH), em sua quarta assembleia geral, em Brasília O assunto tem sido uma grande preocupação para o governo brasileiro. Em 2018, se nada for feito, os brasileiros podem passar, no total, pelo menos, duas semanas à luz de vela. O diagnóstico é um dos resultados de um estudo feito pela associação.

Caso as pequenas centrais que estão esperando análise de projetos na ANEEL estivessem funcionando, forneceriam mais de 7 mil MW, o equivalente à metade da capacidade de Itaipu. Outro ponto positivo das PCHs, é que nos horários de pico, elas usam a energia que acumulam durante o dia em seus reservatórios que são entregues ao sistema, aliviando assim, a carga das linhas de transmissão de longa distância. Representando 82 empresas no setor, a ABRAPCH tenta mostrar ao governo federal que ele tem desprezado e tratado mal uma alternativa que poderia ajudar muito a evitar apagões no Brasil.

A área usada pelas PCHs é em média o equivalente a uma área menor do que 15 campos de futebol. Além disso, elas recompõem a vegetação das margens em suas áreas de preservação permanente. Isso diminui a erosão e evita enchentes.

O centro-oeste é uma das regiões mais problemáticas, segundo o relatório da associação. Junto com o sudoeste há déficit energético, segundo o relatório, de 2.100 MW. Pior: em 2018 pode chegar a 6.700 MW, quase meia Itaipu.

Não se sabe se por burocracia ou por falta de vontade política, mas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem mais de 600 projetos de pequenas hidrelétricas para analisar. Em abril do ano passado, a associação denunciou e a própria diretoria da agência reconheceu que havia um entrave ilegal para que esses projetos fossem analisados. Mas praticamente nada aconteceu o que fez a ABRAPCH entrar com um pedido de sindicância interna na agencia.

O evento será realizado no hotel Mercure. Durante o debate, a associação também dará posse ao novo Conselho de Administração e à sua nova diretoria executiva, e contará com a presença de parlamentares Frente Parlamentar para as Pequenas Centrais Hidrelétricas do Congresso Nacional.

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