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Hospital francês vai abrir bar para pacientes a caminho da morte

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Um hospital francês vai abrir um “bar” para servir vinho, champanhe e uísque a  pacientes em estágio terminal. A medida servirá para “humanizar” o tratamento de pessoas cuja morte se tornou questão de tempo, segundo o Hospital Universitário de Clermont-Ferrand, na região central da França.

“Queremos o bem-estar dos pacientes e fazer com que eles voltem a ter prazer em viver. Não queremos dar uma falsa esperança, mas mostrar que o amanhã existe e pode ser agradável”, explica a médica Virginie Guastella, idealizadora do projeto, segundo o Terra.

A chefe do setor do tratamento paliativo avisa que o “bar”, que será inaugurado em setembro, não é exatamente um lugar para ficar bêbado.

“Não é um bar tradicional, onde as pessoas vão se acotovelar no balcão”, explica a médica. “As coisas não vão mudar radicalmente, mas agora os pacientes terão o aval oficial para beber”, continua, explicando que atualmente já é permitida a entrada de bebida alcoólica para doentes terminais.

A abertura do “bar hospitalar” obrigará funcionários do hospital a passar por um treinamento. Uma sala de encontro com as famílias receberá uma adega com 200 garrafas de vinho, champanhe e uísque.

Pacientes com dificuldades de locomoção também serão atendidos.

“Temos pacientes que não conseguem mais engolir, neste caso podemos apenas umedecer seus lábios ou o céu da boca com um pouco de uísque, por exemplo. Nós estamos aqui para dar ao paciente a capacidade de expressar sua vontade e não para proibir ou autorizar”, assevera.

Além do consumo de bebidas alcóolicas, o serviço também incluirá aulas de culinária, onde os pacientes aprenderão a harmonizar vinhos a pratos tradicionais da cozinha francesa.

A combinação de vinhos e refeições no hospital pretende se valer da obsessão francesa com a boa mesa para reverter quadros de distúrbio de apetite. Cerca de 80% de pacientes terminais de câncer, explica a médica, têm dificuldades para comer.

“Queremos que eles tenham vontade de degustar uma comida e beber um bom vinho”, diz Guastella.

Apesar do hospital de Clermont-Ferrand ser público, o programa será inteiramente financiado por doações.

“Já fomos contatados por diversos produtores de vinho dispostos a colaborar. Há uma verdadeira generosidade entorno deste projeto”, afirma.

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