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Homofobia momesca

Ilha da Magia perde brilho com agressão a dupla gay

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Anita Efraim

Na madrugada desta segunda-feira (27),  Vitor Delboni, 25 anos, e Leomir Bruch, 23 anos, foram agredidos em uma festa no bairro Lagoa da Conceição, em Florianópolis, depois de Bruch ter dado um beijo em seu amigo ao deixar o local. “Quando eram umas 2h30 um amigo [Leomir] veio se despedir de mim e a gente se beijou, aí um cara me empurrou por trás, e ele falou ‘vocês não podem se beijar aqui, vai embora'”, afirma Vitor.

“Eu olhei para ele tentando entender, deixei para lá e continuei beijando meu amigo, porque sou livre, posso, não estava fazendo nada demais. O cara veio, me puxou pelo cabelo, me arrastou”, relata. Leomir também foi agredido e jogado no chão, de acordo com Vitor. Quando estava caído, o jovem levou socos e chutes.

Vitor afirma que o homem que começou a briga fazia parte da escola de samba do bairro, a União da Ilha da Magia. De acordo com o agredido, a pessoa estaria usando uma camiseta que indicava que era da escola. Quando conseguiram, os dois saíram correndo e foram para longe da confusão.

Mais tarde, os dois foram a 10ª Delegacia de Polícia da Capital registrar um boletim de ocorrência sobre o caso. De acordo com o documento, as vítimas foram agredidas com socos e chutes e ameaçados de morte pelos agressores.

Valmir Nena, presidente da União da Ilha da Magia, confirmou a confusão, mas negou que o agressor seja membro da escola de samba. “A agressão que aconteceu não é de nenhum membro da escola de samba, é um morador da comunidade, uma festa que a escola estava promovendo, com quase três mil pessoas, e houve um desentendimento entre dois grupos”, explica. Ele ainda diz que tentou intervir no momento da agressão.

“Um grupo dizia que era homofobia e o outro dizia que tinha sido assediado por um menino. Eu posso confirmar com toda certeza que a pessoa não é membro da escola, ele é morador da região onde é a sede da escola”, reforça Nena. “A União da Ilha da Magia repudia qualquer ação neste sentido [da homofobia]. Tanto é que os casais gays que estavam dentro do nosso pavilhão não sofreram nenhuma repressão de nossa parte.”

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