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Dilma errou nas contas e 2015 será um ano bem ruinzinho

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A presidente reeleita Dilma Rousseff “atrapalhou as contas públicas” do país, segundo a revista britânica “The Economist”. Em artigo em que chama Brasil e Rússia de “menos confiáveis”, a revista aponta que desde a década de 1990 o Brasil vinha procurando atingir um superávit primário de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), mas que isso não acontece mais.

“Em 2014, os gastos se expandiram ao dobro da taxa de crescimento da arrecadação, apesar dos ganhos com a concessão do campo de Libra e do 4G”, diz a publicação. Em setembro, as contas do governo brasileiro tiveram o pior resultado da história, com déficit de R$ 20,39 bilhões.

A revista lembra que, em 2010, os chamados países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) eram elogiados por terem puxado o crescimento da economia global. Agora, no entanto, Brasil e Rússia estão próximos da recessão. “A mistura que o Brasil e a Rússia terão que enfrentar – desvalorização da moeda, inflação alta e crescimento lento – podem fazer de 2015 um ano muito ruim”, diz a “Economist”.

A revista vê semelhanças entre as economias do Brasil e da Rússia, que diz serem as “menos confiáveis” entre os seis países “suspeitos” (os “cinco frágeis” – Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia –, mais a Rússia). Segundo a revista, ambos estão em uma situação “muito ruim”.

“Maiores economias emergentes depois da China, eles têm juntos o peso da Alemanha. Nos dois países a moeda está se desvalorizando. O real atingiu novas mínimas em novembro, depois que dados mostraram que o déficit público bateu recorde em setembro. O rublo (moeda russa) está caindo mais rápido, 27% em um ano e 10% no mês passado. Os dois países vivem uma estagflação: preços em alta com taxas de crescimento que devem ficar abaixo de 1% este ano”.

Parte do problema, admite a “Economist”, vem do exterior, com a desaceleração da China, o baixo crescimento da Europa e a crise na Argentina. Além disso, a queda nos preços das commodities exportadas pelo Brasil também prejudica o desempenho econômico do país. Já a Rússia enfrenta problemas com a queda nos preços da energia, já que é um dos maiores produtores de petróleo e gás natural do mundo.

Mas a revista aponta que os problemas dos dois países têm raízes domésticas também. E que pode haver “coisas piores” a caminho. “A queda das commodities parece que vai durar. Enquanto isso, para tentar conter a inflação e a desvalorização da moeda, os bancos centrais dos dois países aumentaram as taxas de juros no último mês”. “Até otimistas acham que os dois terão sorte se crescerem em 2015. Os pessimistas veem moedas em queda, problemas nos mercados de títulos e até corridas bancárias”, diz o texto.

Editado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

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