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Izalci começa contagem regressiva para fazer cobranças a Rollemberg

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Mais um aliado pressiona Rodrigo Rollemberg contra a parede e marca no calendário um prazo para que a gestão do socialista decole de vez. É o deputado federal Izalci Lucas (PSDB), que definiu 100 dias como a data limite para que o ocupante do Palácio do Buriti “dê a cara” do seu governo.

O deputado tucano repete, assim, a postura do senador Antônio Reguffe (PDT) que também já ajustou o cronômetro para Rollemberg, embora mais compreensivo ao definir o fim do primeiro semestre para o GDF deslanchar. Já a previsão de Izalci se esgota em meados de Brasília completar 55 anos.

Em linhas gerais, o ultimato tem como essência o cumprimento de promessas de campanha. Ao pedetista, o governador já descumpriu algumas, como aumento de tributos acima da inflação, manutençãio de um excessivo quadro de comissionados e a manutenção de ICMS sobre medicamentos. Mas Izalci Lucas revela que também já pode entrar na fila dos descontentes com o chefe do Executivo brasiliense.

Não que se sinta usado por Rollemberg, diz o tucano, mas ele lembra que sua imagem foi intimamente ligada ao então candidato ao GDF durante a campanha. “Fui o único que ele usou na televisão. Fez material comigo e distribuiu. Na pratica assumiu alguns compromissos comigo, mas ainda não cumpriu”, critica.

“É normal os primeiros 100 dias para se fazer uma avaliação. É um prazo para saber a marca do governo. O que se percebe é que ele está cuidando da crise”, observa, mas destacou nesta entrevista a Notibras que a gestão administrativa propriamente dita deixa a desejar.

Apesar de dar esse prazo, Izalci garante que não deixou Rollemberg ‘descascar o abacaxi’ sozinho. E sustenta isso ao citar seus dois encontros: um com servidores do GDF e outro com o próprio governador.

Na ocasião, o tucano ‘deu bronca’ nos professores. Apontou a greve como ultima instância para reivindicar seus direitos. Mas ao GDF, criticou com um tom mais disciplinador. “A solução que o governo deu (quitação total dos benefícios atrasados para até final de março) poderia ter dado no inicio da gestão. Assim teria evitado essa paralisação”, afirma.

Ao contrário do que os rumores indicam sobre o não cumprimento do reajuste salarial das categorias, Izalci defende a manutenção do aumento. “Se o governo não encontrar alternativa, vai virar um caos”, prevê, com certo tom de pessimismo.

Embora a crise no GDF atraia a atenção do tucano, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras vem ocupando, e muito, a mente do parlamentar. Mais do que isso, seu tempo também. No dia em que recebeu Notibras, Izalci se debruçava sobre os depoimentos dos principais delatores na Operação Lava Jato. Quer ter um verdadeiro R-X da situação na hora de ouvir depoimentos.

Izalci tem uma das cadeiras da Comissão e tenta ser firmar como a linha de frente da oposição. Mesmo que a sociedade se receie das investigações dentro da instituição, o deputado não acredita que o corporativismo fale mais alto.

“O governo está fragilizado e tem a minoria na Casa (Câmara dos Deputados). A prova disso foi a aprovação para que houvesse sub-relatorias na comissão. As únicas (CPIs) que deram certo foram as que tinham sub-relatorias”, explica, já com tom mais otimista.

De tudo o que já estudou dos depoimentos, Izalci defende seus correligionários, principalmente o senador Aécio Neves, que teve seu nome fora da lista do procurador-geral Rodrigo Janot. Em contrapartida, no entanto, dispara contra a presidente Dilma Roussef. “Ela está enrolada até o pescoço”.

Elton Santos

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