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Justiça proíbe pesquisa que mostra Taques na frente no Mato Grosso

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A juíza do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso Ana Cristina Silva Mendes mandou suspender, liminarmente, a divulgação de uma pesquisa eleitoral feita pelo Instituto Vox Populi, sob suspeita de que tenha sido contratada pelo jornal Diário de Cuiabá para “realização de suposta propaganda ilícita”.

A pesquisa aponta o candidato ao governo do Estado da coligação Coragem e Atitude para Mudar, senador Pedro Taques (PDT), disparado na frente com 43% das intenções de votos.

Quem questionou judicialmente a pesquisa foi a “Coligação Amor a Nossa Gente”, que lança o candidato do PT, Lúdio Cabral. Na pesquisa, Cabral aparece em terceiro lugar (12%), atrás do deputado estadual do PSD, José Riva (18%), segundo colocado.

“A gente vê com muita alegria essa decisão, porque a juíza acatou na íntegra nosso pedido e reconheceu os erros que apontamos. Um dos erros é que Cuiabá representa 18% do eleitorado de Mato Grosso, mas 40% dos entrevistados foram ouvidos na Capital”, destacou o advogado de Cabral, Mairlon Queiroz. “Agora vamos pedir multa no mérito da ação.”

A juíza determinou busca e apreensão nos comitês de campanha de Taques (PDT), para recolher todo o material publicitário que faça referência à pesquisa.

O senador Pedro Taques usou a rede social Facebook para comentar a decisão da juíza. Segundo ele, “algumas pessoas, com medo do nosso projeto, estão jogando de maneira desleal.”

Taques, que antes de entrar na vida política era procurador federal, disse também: “a consideração do TRE é clara: houve um erro formal no Diário de Cuiabá, que não ilustrou o grau de confiabilidade e a margem de erro da pesquisa. Uma alegação que respeito, pois sigo, acima de tudo, a Lei e as decisões da Justiça. Minha carreira foi pautada por esses princípios. E tenho hoje a consciência tranquila sobre nossas atitudes.”

A juíza também determinou busca e apreensão na sede do jornal Diário de Cuiabá, que publicou a pesquisa, com chamada de capa, na edição do último sábado. Mandou notificar o jornal e o Vox Populi, para que não continuem a divulgar a pesquisa. Ambos têm 48 horas para dar explicações sobre os erros apontados.

O advogado do senador Taques, Paulo Taques, acredita que seja muito improvável a juíza manter a suspensão da divulgação da pesquisa quando estiver melhor instruída pelas partes. “Até porque, ela não está atacando o conteúdo, e sim a forma como os dados foram divulgados.”

O diretor do Diário de Cuiabá, Gustavo Oliveira, acredita que a juíza tenha sido induzida ao erro, mas cumpriu a determinação judicial. Ele fez referência ao Vox Populi como sendo um dos principais institutos de pesquisa eleitoral do País e por isso seria impossível ter cometido um erro primário de amostragem.

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