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Lista de Janot chega ao Supremo. Comando do Congresso aparece nela

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O procurador-geral da República Rodrigo Janot entregou nesta terça–feira 3 ao Supremo Tribunal Federal pedido de investigações contra um grupo de políticos – a maioria congressistas – supostamente envolvidos na corrupção da Petrobras. Um clima de instabilidade ganhou corpo no meio da tarde, quando informações desencontradas indicavam a inclusão ou não dos presidentes do Senado, Renan Calheiros e da Câmara Eduardo Cunha, na lista negra.

São 28 pedidos de abertura de inquérito contra políticos com foro privilegiado supostamente envolvidos no esquema de desvio de recursos públicos da Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Além dos 28 pedidos de abertura de inquérito, a PGR fez sete pedidos de arquivamento de investigações contra políticos.

Ao todo, os inquéritos e arquivamentos se referem a 54 pessoas. Entre elas, há políticos com foro privilegiado. O STF não informou quem são e quais são os políticos que serão investigados.

Deputados e senadores das bancadas do PMDB confidenciaram  que seus correligionários Renan e Eduardo teriam sido informados, pelo vice-presidente Michel Temer, na última sexta-feira (27) sobre a inclusão de seus nomes na lista.

Os pedidos de investigação contra o chamado núcleo político do esquema investigado pela operação Lava Jato chegou ao STF quase um ano depois da deflagração da primeira etapa da operação Lava Jato, em 17 de março de 2014.

A entrega da lista ao STF não significa que os políticos são culpados e serão condenados. Os pedidos de abertura de inquérito são a primeira etapa de um processo que deverá ser longo, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Para que a investigação seja iniciada, o ministro relator precisa autorizar medidas como emissão de mandados de busca e apreensão de documentos, interceptações telefônicas e quebra de sigilos telefônico, fiscal e bancário.

Os pedidos de abertura de inquérito solicitadas pela PGR se basearam nos depoimentos de dezenas de pessoas, entre elas daqueles que são considerados os principais delatores do esquema: o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do ex-gerente de engenharia da estatal Pedro Barusco. De acordo com dados preliminares repassados pela PF, pelo menos R$ 10 bilhões teriam sido desviados.

Ainda segundo as investigações da PF, o esquema funcionava a partir do superfaturamento de contratos da Petrobras junto a empreiteiras. Parte do dinheiro superfaturado seria encaminhada a partidos e políticos. Segundo Barusco, o PT teria recebido até R$ 200 milhões em propinas. Além do PT, políticos do PP, PMDB, PSB e PSDB teriam recebido dinheiro proveniente do esquema.

As investigações da Lava Jato já geraram 19 ações penais e 5 cíveis na Justiça Federal do Paraná, onde tramitam os casos relacionados a réus que não têm foro privilegiado.

Entre os réus estão executivos das principais empreiteiras do país: a Camargo Corrêa, a UTC, a OAS, a Engevix, a Galvão Engenharia e a Mendes Jr.

Os processos envolvendo as construtoras já estão em fase de audiências e as testemunhas de defesa serão ao longo do mês de março.

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