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Na hora do ataque, coração prefere os negros, revela pesquisa

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Você sabia que a hipertensão arterial é mais comum em mulheres e idosos? É o que mostram dados do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, este problema também está ligado ao grau de escolaridade, assim, quanto mais anos de estudos, menor a chance de desenvolver a doença.

Porém, outra descoberta está mudando a forma de tratar esta enfermidade: pesquisas revelam que a hipertensão arterial é mais incidente em negros que em brancos.

“Também existem dados que comprovam que mulheres negras têm ainda mais chance de sofrer deste problema. Não há muitas pesquisas sobre este assunto, mas sabemos que esta doença é de difícil controle neste grupo de pacientes”, esclarece Yara Aguiar, cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília.

Para explicar a maior incidência da doença em negros, os pesquisadores buscaram suporte nos livros de história. “Muitos negros morreram quando foram trazidos da África para a América. Acredita-se que a desidratação foi a causa da maior parte destes óbitos. Assim, aqueles que sobreviveram consumiram grandes quantidades de sal com o objetivo de reter mais líquidos. Por este motivo, estas pessoas se tornaram mais sensíveis ao sódio, característica que foi repassada aos seus descendentes”, afirma a especialista.

Por isso, é importante que os negros tenham atenção especial com a saúde cardiovascular. “Quando não é diagnosticada e tratada adequadamente, a hipertensão arterial pode desencadear outras doenças, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), também recorrentes neste grupo. Por isso, sempre recomendamos que estas pessoas tenham acompanhamento cardiológico e compareçam às consultas ao menos uma vez por ano”, acrescenta Yara Aguiar.

A médica lembra, por fim, que algumas mudanças de hábitos podem prevenir a hipertensão arterial. “Ter uma alimentação balanceada, praticar atividades físicas regularmente, evitar o fumo e o álcool, e não usar medicamentos sem orientação são algumas medidas que podem auxiliar na prevenção da doença”, conclui a cardiologista.

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