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Moradores do Rio reduzem consumo de água e o risco de crise hídrica, diz Cedae

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Amanda Raiter

Cariocas e fluminenses estão fazendo a sua parte. A Companhia de Águas e Esgotos (Cedae) garante que a crise hídrica ficou mesmo no passado graças não somente às últimas chuvas, que melhoraram o nível dos reservatórios que abastecem o estado, mas pelo consumo 11% menor desde o início do problema, em 2014.

Os novos hábitos, que ajudam a combater o desperdício e promover um consumo mais consciente da água, já foram incorporados por moradores, comerciantes e indústria. E têm que continuar.

O Bar Aconchego Carioca, na Praça da Bandeira, aderiu a atitudes simples e investiu na modernização de suas instalações para reduzir o consumo de água desde que a situação começou a se agravar no Rio. “Continuamos com nossas torneiras especiais, evitando perda de água, e utilizando baldes para a limpeza”, ressaltou Lucas Alvarenga, um dos responsáveis pelo restaurante.

Outra medida adotada no Aconchego foi o uso de toalhas de papel nas mesas, no lugar das de pano, que tinham que ser bem lavadas após as refeições dos clientes. São exemplos de como os consumidores devem agir cada vez mais para manter distante o fantasma da crise hídrica no estado.

A moradora do Méier Beatriz Guimarães, de 33 anos, se orgulha de ter colaborado com o resultado positivo para manter loge a crise hídrica. “Tomo banho mais rápido e desligo a torneira na hora de escovar os dentes. São pequenas medidas que geram um efeito importante para o estado todo”, comemora Beatriz.

Devido ao bom desempenho da população, a Cedae vai diminuir o investimento em campanhas por economia de água. Mas alerta que os hábitos de consumo devem continuar focados nos cortes de desperdício.

A empresa explica que vai passar a investir mais em obras para aumentar a oferta de água para os clientes de todo o estado. Uma das obras é o sistema Novo Guandu, para aumentar a capacidade de vazão em 30%, beneficiando principalmente o Grande Rio. Segundo a Cedae, nem o consumo maior durante a Olimpíada representa risco, se moradores continuarem conscientes.

Firjan diz que nível ainda não é o ideal

A cena das bombas sugando o volume morto de Paraibuna ficou para trás. Levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA) mostra que o nível médio do maior dos quatro reservatórios que abastecem o Estado do Rio passou de 7% para 31% graças ao verão chuvoso, que tem trazido tempestades na saída do trabalho do carioca.

Um estudo da Federação das Indústrias do Rio afirma, porém, que o risco de desabastecimento ainda não foi superado e que o nível está menos da metade do ideal para o período. “Mesmo com a boa recuperação dos reservatórios, o ideal é que se atinja 67,5% do volume confortável para o mês de fevereiro”, alertou Jorge Peron, especialista em Meio Ambiente da Firjan.

Segundo ele, a indústria tem feito o dever de casa. Uma pesquisa mostrou que, apesar da volta das chuvas, uma em cada três empresas pretende adotar novas medidas de redução de consumo, como o reúso de água, de olho na possibilidade de um cenário futuro de escassez. Até 27,7% das que não foram afetadas pela escassez pretendem economizar. A pesquisa ouviu 517 empresas do estado, no segundo semestre de 2015.

Wagner Moita, sócio-diretor da Siliplast Química e da Silipet, de Nova Iguaçu, diz que adotou medidas para reaproveitar a água da chuva e não se arrepende. O desperdício hoje é quase zero. Com a redução no gasto de água, conseguimos passar pela crise sem demissões.”

O Dia

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