Curta nossa página


Mulher finge ser agente artística e sequestra bebê em Campo Grande

Publicado

Autor/Imagem:


A Polícia Civil do Rio já identificou a adolescente acusada de se passar por uma falsa agente artística e de roubar um bebê de 16 dias, da mãe de 17 anos, no Centro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na tarde de terça-feira (26). Policiais da 35ª DP (Campo Grande) já realizaram diligências em busca da menor. Ela não teve o nome divulgado e ainda não foi localizada. A família faz plantão na delegacia a espera das prisões e de informações sobre o paradeiro do recém-nascido.

Uma mulher de cerca de 35 anos, que estava com a falsa agente e fugiu pelas ruas do bairro com o neném no colo, ainda não foi identificada. Imagens do circuito de segurança do Calçadão de Campo Grande, divulgadas pela delegacia, mostram as quatro juntas passando e entrando na lanchonete onde a criança foi sequestrada. A loura acusada já está com a criança no colo. O vídeo, no entanto, não mostra o momento da fuga.

De acordo com a mãe do pequeno Kaizo, C., 17, a morena de cabelos castanhos a abordou no calçadão de Campo Grande na última quinta-feira, quando ela e a avó do bebê, Kátia Maria Augusto, 48, iriam registrar a criança no cartório, o que acabou não ocorrendo. A suspeita elogiou a beleza da criança e demonstrou interesse que ela levasse o filho para participar de um evento artístico, cuja gravação ocorreria num teatro de Campo Grande, onde receberia R$ 150. Desde então, a suspeita passou a ligar diária e insistentemente para a jovem com o intuito de convencê-la.

Mesmo desaconselhada pela mãe, o padastro e pelo pai do bebê, Rafael Reis Rocha, 20, C., disse que acabou aceitando marcar um encontro com a suposta agente, já que teria que ir ao Centro de Campo Grande com a cunhada na tarde de terça-feira. Na última ligação, a acusada teria feito uma proposta para a atuação do bebê no seriado ‘A Grande Família’, como filho da personagem ‘Bebel’, interpretada pela atriz Guta Stresser. O valor dobraria para R$ 300.

Por volta das 14h, a mãe do bebê e cunhada se encontraram no Mercado São Braz, no Calçadão de Campo Grande, com a falsa agente e uma mulher loura de 35 anos não identificada, que segundo ela aparentava estar grávida. Após fechar o acordo e aguardar por mais de uma hora por uma suposta Kombi que a levaria ao teatro, a mãe do bebê teve uma tontura. Ela entregou o filho para a mulher e todos pararam em uma lanchonete para descansar. No local, quando assinava o suposto contrato, a acusada iniciou a fuga. As duas desapareceram com a criança fugindo pelas ruas do bairro. Segundo um pedestre, ambas teriam embarcado em um ônibus.

“Não desconfiei, apesar de ter sido alertada por três pessoas da minha família. Não aceitei a proposta pelo dinheiro. Pensei: ‘vai que meu filho já começa na vida crescendo como artista’. Aprendi uma grande lição com essa história. Estou arrependida. Quero meu filho de volta”, disse a mãe na delegacia durante a madrugada, onde estava de plantão desde às 16h30, quando foi registrar queixa de sequestro.

Além do bebê, as suspeitas levaram ainda a Declaração de Nascido Vivo (DNV), fornecida aos pais dos recém-nascidos pelas respectivas maternidades e hospitais, e que deve ser apresentada em cartório para a emissão da Certidão de Nascimento. De acordo com a delegada adjunta da 35ª DP, Lúcia Baptista, a polícia usará todos os recursos legais e operacionais para chegar ao paradeiro das acusadas e para achar o bebê. Ela apela para a urgência na localização da criança e pede a colaboração da população.

“O bebê precisa ser amamentado e cuidado pela mãe. Por isso, temos urgência em localizá-lo. Apelamos para as pessoas que tenham algum tipo de conhecimento do fato e que, de alguma forma ajudaram as suspeitas, mas desconheciam que a criança tenha sido sequestrada, que colaborem com a polícia”, apelou Lúcia Baptista.

A delegada pede que qualquer informação sobre o caso podem ser informada pelos telefones do Disque-Denúncia (2253-1177) ou do plantão da 35ª DP (2332-7670). Outro canal é o Disque Direitos Humanos, ou Disque 100, serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SPDCA/SDH).

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.