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O Supremo, os mensaleiros, e nós, simples mortais

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O Supremo Tribunal Federal reafirmou, no julgamento dos embargos infringentes do processo conhecido como mensalão, sua soberania como corte constitucional.

A supremacia do STF nas questões constitucionais é estabelecida pela própria Constituição Federal, no entanto, o que vimos foi a redenção de um partido político por meio de votos construídos com o fim único de torcer o direito para eximir responsabilidades sobre fatos notórios, amplamente sabidos, demonstrados e comprovados.

E eu? Bem, não sou formador de opinião; não sou político; não sou “black bloc”, portanto, acho que talvez minha esposa, quem sabe com algum esforço meus filhos lerão isso. Talvez eles, após lerem isso, saibam da minha indignação, da minha submissão forçada à sentença que absolveu o grupo.

E eu? Me submeto à decisão daquela corte. Não por medo. Não por receio de que possa ser responsabilizado pelos meus atos de insubordinação. Não porque “sentença de juiz não se discute, se cumpre”. Ao contrário, estou discutindo e indignado com a tal sentença.

E eu? Me submeto porque sou democrata. Os que negam a formação de quadrilha talvez também sejam, mas não mostraram isso. A sentença de conveniência amedronta a nação democrática, abala os pilares da liberdade, ameaça os poderes da nação, acua um povo que lutou por liberdade. O fenômeno que enfrentamos é o mesmo descrito por George Orwell em seu “A revolução dos bichos”. Os porcos assumiram o comando da granja.

E eu? Só me resta o titulo eleitoral. Já fiz meu recadastramento biométrico. Pena que só poderei votar para presidente, governador, senador, deputado federal e distrital. Queria poder votar para ministro do Supremo. Vou me lembrar desse julgamento do dia 05 de outubro. Pena que só posso votar uma vez.

E eu? Bem, vou esperar o dia 6 de outubro e ver se algo mudou…

Jardel José Lopes
Policial Civil aposentado

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