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Para Gay de Bauru reúne 60 mil e promove até casamento

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A 7ª Parada da Diversidade de Bauru, reuniu cerca de 60 mil pessoas neste domingo, segundo estimativa da Polícia Militar. Debaixo de sol forte e calor de 32ºC, a parada deixou a praça da Paz por volta das 16h, após a execução do Hino Nacional. Gays, lésbicas, travestis, transexuais e transgêneros, além de simpatizantes do movimento coloriram a Avenida Nações Unidas – seguindo dois trios elétricos – até o parque Vitória Régia, um dos cartões postais da cidade.

O tema da edição deste ano defende a diversidade da família. Os participantes também foram convidados a doar um quilo de ração, em apoio à causa animal. Todos os donativos serão encaminhados ao Conselho Municipal de Defesa dos Animais e distribuídos às ONGs de proteção animal da cidade.

“A sociedade impõe um padrão de família heteronormativa, com pai, mãe, filhos, cachorro, papagaio. Como naqueles comerciais de margarina na TV. Mas as novas famílias não têm essa formação. Queremos mostrar para a sociedade que a diversidade é imensa”, explica Rick Ferreira, coordenador da Associação Bauru pela Diversidade (ABD), que organiza o evento.

Assim como nos anos anteriores o prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho (PMDB), participou do evento, na companhia da noiva Daniela Modolo. “Não há um tema que tenha avançado tanto quanto a diversidade. Bauru é pró ativa nessa questão e a parada faz as pessoas refletirem”, avalia o prefeito.

O evento encerra a semana de combate ao preconceito e discriminação, instituída por lei municipal de 2010. Diversas atividades foram realizadas, entre elas palestra mesa redonda e a premiação de personalidades, empresas e instituições do município que se destacaram no combate ao preconceito com o troféu “Eu faço a Diferença 2014”.

Mas além do caráter cívico, o evento também é celebração. Muita gente aproveitou o domingo quente e ao som de música eletrônica para se divertir e paquerar. Entre as mais animadas estava a drag queen madrinha do evento Rubya Bittencourt, que usava sapatos com saltos de 15 cm de altura e coberto com cristais. “Dá pra comprar um apartamento com esse sapato”, brincou.

Já a auxiliar técnica de judô Glaissy Lucena encarou os 160 quilômetros que separam São Carlos (SP) a Bauru na companhia de amigos e do filho, Auky, de 11 anos. “É o segundo ano que a gente vem e pretendo vir mais vezes. O pessoal respeita a gente e a festa é animada”, disse Glaissy, segurando o filho sobre os ombros.

Em meio a inúmeras bandeiras coloridas, Isadora de apenas um ano e meio chamava a atenção em um mini veículo cor de rosa. Na companhia dos pais e de uma prima, ela vestia uma camiseta com a logomarca da parada. “A gente sempre vem e eu não poderia deixar de trazê-la”, diz a mãe da menina, a dona de casa Fernanda dos Santos.

Há também quem aproveitou a tarde para ganhar dinheiro. Morador na capital paulista, Carlos Vianna participa de paradas gays de todo o País vendendo artigos voltados ao público LGBT. Para Bauru ele trouxe terços coloridos, usados pelos católicos para oração do Santo Rosário. “Esse terço foi criado depois que um LGBT foi agredido na Avenida Paulista em São Paulo, em julho. Ele estava usando um no pescoço e um padre desceu do carro, arrancou do pescoço dele e mandou ele criar ‘vergonha na cara’. Pra gente, além da oração, serve como protesto”, explica. Mas segundo ele o artigo mais vendido durante o dia foi a bandeira colorida.

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