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Pequenos foliões brincam ao som do Tesourinha, sabendo que terça-feira vai ter repeteco

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Ana Cristina Campos

Pequenos foliões aproveitaram o domingo de sol para participar na tarde deste domingo (7) do décimo desfile do Bloco da Tesourinha, criado em 2007 e já tradicional no circuito infantil do carnaval brasiliense.

Marcado pelo ritmo do frevo e pelas marchinhas tradicionais, o bloco é embalado pela banda de pífanos Ventoinha de Canudo. Quando criou o Bloco da Tesourinha, Renato Fino quis homenagear os 100 anos do ritmo pernambucano. O nome do bloco é uma homenagem ao passo do frevo e às ligações entre as partes leste e oeste de Brasília, desenhadas por Lúcio Costa.

“É um bloco de crianças. Ele se concentra na praça da quadra residencial que é uma marca do Tesourinha em um processo de ocupação da cidade. Ele quer ocupar a cidade onde as pessoas vivem. O bloco sai em desfile, desce a tesourinha da quadra 210 Norte, sobe pela 209 e volta para a quadra residencial”, conta Fino, de 44 anos, que mora na 410 Norte há 42 anos.

Fino disse que, este ano, o bloco não recebeu o alvará de funcionamento da Administração de Brasília, mas o evento já estava criado. “Recebemos promessas de receber o alvará porque tínhamos entregue toda a documentação. Mas estamos recebendo apoio da Secretaria de Cultura como tendas, banheiros químicos e o som e com os agentes do Detran e da PM acompanhando”, comenta.

Um dos destaques do bloco é o mestre de frevo Jorge Marino, de 73 anos, que dança à frente do Tesourinha desde 2007. “Dou aula de frevo em todas as cidades satélites. O melhor frevo é em Brasília e não em Pernambuco. Minha energia toda vem do frevo”, conta Marino, que é gaúcho, mas dança frevo desde menino.

Acompanhada do marido e do casal de filhos, Carol Velho, consultora do Fundo das Nações Unidas para a Infância, pula carnaval no Tesourinha desde a criação do bloco. “É perto da minha quadra, um dos melhores blocos para crianças e é uma experiência super gostosa passar debaixo da tesourinha com a banda de pífanos”, diz ela, fantasiada de porta-estandarte com uma imagem que ela chamou de releitura do Divino Espírito Santo, do artista plástico Athos Bulcão.

A servidora pública Cristiane Zamberlan estava com o filho Thomas, de 3 meses, já na folia. Ela estava em um grupo de oito adultos e cinco crianças. “Tenho uma filha de três anos, e a gente começou a frequentar por causa dela. Eu já estava grávida dele no ano passado, mas ainda não sabia. É o bloco mais interessante para a criançada porque é um público infantil, menos perigoso, com áreas sombreadas”, explica.

Segundo estimativa da Polícia Militar, havia mil pessoas reunidas na concentração do bloco. O Bloco da Tesourinha volta a sair na terça-feira de carnaval (9), com concentração a partir das 16h, na praça da 410 Norte, na Asa Norte de Brasília.

Agência Brasil

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