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Pezão e Crivella trocam afagos antes do debate no Rio; durante, só farpas

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Assim como durante todo o segundo turno, a apresentação de propostas foi preterida pela troca de acusações entre o atual governador do Rio e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o senador Marcelo Crivella (PRB) no último debate antes das eleições, promovido pela TV Globo na noite desta quinta-feira (23). Porém, nos bastidores, a troca de afagos foi intensa.

Bispo licenciado da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) e sobrinho do líder da igreja, bispo Edir Macedo, Crivella foi acusado por Pezão de ser “testa de ferro” de Macedo. “Você representa a Igreja Universal do bispo Macedo. É um perigo para o Estado”, declarou o peemedebista.

O senador, por sua vez, disse que o atual governador estava “tentando fazer uma guerra entre religiões” e “pregando o ódio”. “Não tem que discutir Edir Macedo porque você esteve lá no Templo (de Salomão) puxando saco e elogiando”, afirmou Crivella, referindo-se à ida de Pezão, em julho, à inauguração do templo da Iurdi, em São Paulo. Nas considerações finais, ele voltou a garantir que não misturaria religião com política. “Nós vamos fazer um governo laico para todos”, declarou.

Ao ouvir Crivella dizer que as empresas não têm como ir para a Baixada Fluminense porque a região não tem água, Pezão lembrou a aliança do adversário com o candidato derrotado e ex-governador Anthony Garotinho (PR). “Esse convívio seu com o Garotinho está muito triste, muito ruim. Você está mentindo igual a ele”, disse. O governador ainda anunciou um site que reúne acusações contra o adversário, citando o endereço três vezes.

Crivella, por sua vez, lembrou as recentes prisões por corrupção de membros da Polícia Militar do Rio e tentou associá-las ao governador. “O Pezão disse: ‘a tropa é o espelho do chefe’. Ele já é o chefe e olha a tropa como está. Se ele for derrotado, nós vamos passar esse Estado a limpo”. Ele também criticou o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que deixou o cargo em abril deste ano com alta rejeição, dando espaço a Pezão, e disse que um é clone do outro. “O povo foi para as ruas pra tirar o governo deles”, declarou.

A plateia não ficou imune à troca de acusações. Em vários momentos, houve vaias, aplausos e gritos, que foram repreendidos pela mediadora do debate, Ana Paula Araújo. Ela também pediu aos candidatos que mantivessem a discussão dentro dos temas sorteados.

No último bloco do debate, quando os candidatos fizeram as considerações finais, o barulho de um alarme que soou duas vezes nos estúdios da atrapalhou o início da fala de Crivella e interrompeu a de Pezão. No final do programa, a apresentadora afirmou que se tratava de um “alarme falso” e disse que todos estavam bem.

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