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Planalto faz lobby para Rollemberg manter Xavier na Polícia Civil

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O Palácio do Planalto deseja influir, mesmo que indiretamente, na composição da equipe de Rodrigo Rollemberg. Ao menos no quesito segurança, há um movimento que sinaliza a permanência de Jorge Xavier no comando da Polícia Civil.

Xavier assumiu a responsabilidade de dar um basta nos elevados índices de criminalidade e na politicagem no seio da corporação ao fim do primeiro ano do mandato de Agnelo Queiroz, no episódio que provocou a queda do delegado Onofre Moraes.

No caso da violência que aflora em todas as esquinas do Distrito Federal, Xavier fracassou. É o que mostram as estatísticas e o noticiário. Ele também foi incapaz de apaziguar o setor, que viu movimentos paredistas de delegados e agentes policiais ao longo de toda a gestão de Agnelo.

Xavier não tem padrinho para continuar na direção-geral da Polícia Civil. Tem, sim, as bênçãos de uma madrinha. Vem a ser a advogada Regina Mikki. Ela é a secretária nacional de Segurança Pública. Mantém um gabinete no Ministério da Justiça e acredita ter condições de continuar gerindo a parceria com Xavier.

Para o Palácio do Planalto, é importante que Jorge Xavier não passe pelo crivo da caneta de Rodrigo Rollemberg. E com o respaldo palaciano, o delegado avalia que tem condições de ficar na por um período de mais quatro anos na cadeira em que senta desde 2011.

Com o suposto aval de Regina Mikki, o delegado Xavier praticamente deixa Rodrigo Rollemberg entre a cruz e a espada. E ao mesmo tempo tripudia sobre os colegas delegados, que chegaram a elaborar uma lista tríplice com indicações ao governador eleito.

O nome de Xavier não constou da lista. A possibilidade de ele permanecer no cargo sequer foi aventada pela categoria. Éric Sebba encabeça a lista, que tem ainda os nomes dos delegados Maurílio Rocha e João Carlos Osório.

Xavier, porém, dá sua permanência como fato consumado. E tem promovido reuniões com o que convencionou chamar de “seus homens de confiança” para um pré-remanejamento de cargos na Central de Polícia Especializada. O diretor também pretende um rodízio nas delegacias regionais.

Se tudo correr dentro do que Xavier planeja, os delegados Éric Sebba (preferido pela categoria para ser o novo diretor-geral) e Plácido Rocha (que Rodrigo Rollemberg teria como uma carta na manga) vão ficar longe do Setor Policial Sul.

Ao primeiro, estaria destinada a delegacia do Gama. Ao segundo, a de Planaltina. Dois extremos do Distrito Federal. Num raio de sessenta quilômetros, fica difícil, na cabeça de Xavier, os dois se encontrarem com frequência. E a politicagem que Xavier atribui a Sebba e Plácido não teria como sobreviver.

Publicado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

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