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PMDB não apita nada na aliança e PT vai levando de braçada

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A menos de 20 dias da sua convenção nacional, o PMDB continua enroscado em algumas situações do cenário das sucessões presidencial e de governos estaduais. Isso por conta das sérias dificuldades de relacionamento com o PT em vários estados e a falta de diálogo com a presidente Dilma Rousseff.

“O PMDB participa do governo com cinco ministros e mais cinco ou seis minutos diários de propaganda na televisão e no rádio. Mas não apita em nenhuma política pública. Não é ouvido para nada”, critica o deputado Leonardo Picciani, do Diretório do Rio de Janeiro.

Essa demonstração de um partido rachado ficou evidenciada na reunião da semana passada da Executiva Nacional com as lideranças estaduais.

Pelo menos seis estados se posicionaram contrários à reedição da aliança que elegeu, em 2010, Dilma, presidente, e Michel Temer, vice–presidente.

Ficou patente que o resultado da convenção nacional poderá ser imprevisível, porque o voto é secreto.

O vice–presidente Michel Temer, que está manobrando para disputar a reeleição, ao lado de Dilma, procurou colocar panos quentes nas divergências evidenciadas durante a reunião dos caciques peemedebistas, e que ele presidia.

Aliados de Temer (José Sarney, Renan Calheiros e Jarbas Barbalho) acionaram o ex–presidente Lula no sentido de acalmar os petistas mais radicais e assim criar condições para atenuar a crise interna no PMDB.

Já são conhecidas decisões de alguns diretórios regionais. No Rio, o partido terá como candidato o governador Luis Fernando Pezão, batendo de frente com o candidato do PT, o senador Lindberg Farias, com um forte grupo apoiando a candidatura do presidenciável Aécio Neves.

Lideranças de Goiás, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, manifestaram sua contrariedade à manutenção da aliança PT–PMDB.

Líder nas pesquisas de opinião, o senador Eunício Oliveira não abre mão do apoio do PT à sua candidatura ao governo do Ceará e ameaça rever as alianças no estado,, se aproximando do ex–senador tucano Tasso Jereissati, que vai articular a campanha de Aécio Neves na Região Nordeste.

O PMDB gaúcho se coligou com o PSB para lançar José Ivo Sartori ao governo do Rio Grande do Sul, garantindo assim palanque ao presidenciável Eduardo Campos. Essa articulação foi feita pelo senador peemedebista Pedro Simon que no próximo ano se aposentará das atividades políticas. O PMDB de Pernambuco, liderado pelo senador Jarbas Vasconcelos, anunciou que está fechado com a candidatura Eduardo Campos.

Até a convenção partidária, marcada para 10 de junho, muita água vai rolar debaixo da ponte do PMDB. Os presidenciáveis da oposição Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) ficarão na expectativa do que poderá sobrar da pancadaria entre os peemedebistas. Os caciques que pularem do barco da Dilma serão recebidos de braços abertos e com muita festividade.

Cláudio Coletti

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