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PMs do Rio criticam propostas de candidatos para a categoria

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Muitos policiais militares do Rio de Janeiro estão descrentes das propostas dos principais candidatos a governador para a área da segurança e à categoria. Apesar das promessas dos políticos de valorizar o servidor público com melhor remuneração e plano de carreira, estão cansados de ouvir as mesmas promessas que quatro anos atrás, quando o ex-governador Sérgio Cabral foi reeleito no primeiro turno.

O atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, propôs que “cuidar do servidor público é cuidar do cidadão, pois afinal é ele quem presta serviço à população”. Ele ressaltou que para ter serviço de qualidade é necessário valorizar o servidor, mas que isso não ocorre única e exclusivamente por reajustes. “Conceder remuneração digna é apenas uma parte, e sempre que possível, com muita responsabilidade fiscal, vamos valorizar os servidores como fizemos nos últimos anos”, disse.

Já o senador Lindbergh Farias, candidato do PT, afirmou que o servidor estadual enfrenta “anos de defasagem salarial”. E, por isso, os recentes aumentos são merecidos. Ele propõe estruturar as categorias com planos de cargos e carreiras e manter diálogo permanente. “Em 2013, durante a greve dos professores, por exemplo, os profissionais do ensino foram agredidos pela polícia nas manifestações. Isso é um absurdo, não pode mais acontecer”, disse o petista.

O candidato do PR, deputado federal Anhony Garotinho, criticou o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB): “Não vou tratar o funcionalismo estadual com a desfaçatez do Pezão, de dar aumento na hora do fim do jogo e para o ano que vem. Quase como quem diz ‘Eu já sei que vou perder e vou deixar para o próximo para pagar’.”
Para o candidato do PRB, senador Marcelo Crivella, os aumentos são “justos e legítimos”, embora muito aquém do merecimento dos servidores. “Os reajustes foram concedidos somente este ano, provando ser uma manobra eleitoreira do governador, que integra este governo há oito anos”, declarou.

Tarcísio Motta (PSOL) avaliou que os reajustes salariais concedidos aos servidores ainda ficaram abaixo do que seria necessário para ocorrer uma real valorização e melhoria da qualidade do atendimento à população. “Os governos Cabral e Pezão nunca tiveram uma política global para os servidores públicos. Na verdade, sua política foi conceder reajustes pontuais e parcelados, negando-se a negociar com as categorias, o que levou a muitas greves”, afirmou.

“Garotinho foi o pior governador de todos os tempos, ele transformou o Policial Militar do Rio de Janeiro em mendigo do contracheque. Garotinho desvinculou o soldo do Soldado do Salário Mínimo nacional, depois a categoria nunca mais recuperou esse valor. Agora, o negócio é buscar a antecipação dessas parcelas! Ao final dos cinco anos, o reajuste terá sido engolido pela inflação, ou seja, pela desvalorização do real”, criticou um policial que preferiu não se identificar, em comentário no site da SOS PMRJ.

Outro PM, que também não quis se identificar, disse: “Governo do Estado do Rio de Janeiro está em dívida com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, pois os reajustes salariais concedidos de forma parcelada ficaram aquém do necessário para recuperar os anos de defasagem salarial criados por Anthony Garotinho e Rosinha durante os seus governos, ou seja, insuficientes para repor as perdas salariais”.
“Juntando todos, não dá uma dose”, apontou um terceiro.

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