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Polícia cerca o Salgueiro e prende comparsas de Rabicó

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Policiais da Delegacia de Combate às Drogas fizeram uma operação para coibir o tráfico de drogas na comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, que resultou na prisão de 12 pessoas.

O objetivo da ação posta em prática nesta segunda-feira 8 e que contou com mais de 150 policiais, era cumprir 34 mandados de prisão. Segundo o delegado Márcio Mendonça, os presos tinham ligação com o traficante Antônio Hilário Ferreira, o Rabicó, preso desde 2008 no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

Mesmo na cadeia, Rabicó determinava as ações criminosas do tráfico na região. Segundo a polícia, a quadrilha lucra mais de R$ 1 milhão por mês com o tráfico de drogas.

A polícia apreendeu, na operação, dois carros, drogas e máquinas caça-níqueis. Um dos 12 presos foi pego em flagrante por associação ao tráfico. A investigação foi iniciada há cinco meses e revelou que traficantes de outros locais iam para a comunidade do Salgueiro se refugiar, de modo a despistar os policiais. De acordo com o delegado, o Salgueiro é um local de ocultação dos traficantes do Complexo do Alemão, sempre que a polícia investe em operações, pois os criminosos das duas comunidades pertencem à mesma facção.

A polícia identificou boa parte da quadrilha que exercia atos de violência dentro do complexo do Salgueiro. Segundo o delegado, o que motivou o início da investigação foi o relato de moradores que estavam sendo expulsos de suas casas naquela região. O objetivo agora é localizar outros suspeitos de integrar a quadrilha, que estão com mandado de prisão decretado, e identificar a forma usada pela quadrilha para ocultar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. “Agora nós temos uma linha que está identificando imóveis e veículos comprados com o dinheiro do tráfico de drogas”, acrescentou Mendonça.

Dois dos presos eram parentes e comerciantes locais. Eles moravam em uma residência de alto luxo e mantinham contato com Rabicó por celular. Segundo Mendonça, escutas telefônicas revelaram que os dois comerciantes têm negócios bem lucrativos na região e prestavam serviços para o traficante Rabicó.

“A compra de casas foi a mando dele [Rabicó] para criar fundos falsos para ocultação de drogas e armas e prestação de serviços, como também a compra de joias. Essa família foi presa não pela venda de drogas ou pelo porte de armas, mas porque prestava outros tipos de serviço para o traficante”, revelou Mendonça.

O delegado informou que pedirá transferência de Rabicó para um presídio federal porque “o sistema penitenciário não está conseguindo fazer com que ele cumpra pena sem se comunicar com sua facção”. Mendonça lembrou que Rabicó já foi transferido para um presídio federal, mas uma ordem judicial determiou sua volta. “Pretendemos retirá-lo do estado, pois ele consegue até hoje dar ordens à facção. Achamos que isso aí é uma medida importante para que, de alguma forma, se atinja o poder desse traficante naquela região.”

Todos os presos identificados vão responder por tráfico e associação ao tráfico de drogas. A pena ultrapassa 20 anos de prisão.

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