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Polícia Civil vai devagar, quase parando. E já ameaça parar de vez

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A Polícia Civil está entrando em colapso. Precisa de pessoal e de equipamentos, mas o governo não atende aos clamores da corporação, acusa o sindicato da entidade. Para demonstrar sua insatisfação e os problemas que rondam a área da segurança, os policiais decidiram fazer um alerta na prática: a redução das atividades a partir desta terça-feira 26.

A chamada “operação padrão”, em vigor desde a última sexta (22) em um protesto por melhores condições de trabalho e mais contratações. Durante todo o dia, os agentes vão cumprir o expediente em horário normal, mas devem registrar apenas flagrantes e ocorrências criminais. Investigações, intimações, protocolo de documentos e diligências também serão restritos no período.

Em documento entregue à Direção Geral da Polícia Civil na última sexta, o Sinpol comunica que “capturas, transferências de presos, exames em drogas ou pessoas, localização de veículos roubados/furtados e preservação de locais de crime” só serão feitos se houver “pelo menos três policiais na viatura”. Segundo a categoria, a regra é ensinada na Academia de Polícia, mas não é seguida no DF por falta de efetivo.

Segundo o presidente do Sinpol, Rodrigo Franco, a realidade nos plantões das delegacias é precária, com três ou quatro policiais para cumprir todas as funções, o que dificulta as diligências externas. A entidade calcula uma média de 2 homicídios por dia no DF e diz que o número de policiais em atuação é insuficiente para investigar todos os casos.

A entidade também questiona a divisão do Fundo Constitucional, verba repassada mensalmente pela União ao DF destinada ao pagamento de funcionários da saúde, educação e segurança pública. Para este ano, o valor total do fundo é estimado em R$ 6 bilhões.

Segundo os policiais, as duas primeiras áreas estão levando vantagem na partilha dos recursos, o que agravaria ainda mais o quadro da corporação. Franco afirma que menos da metade do dinheiro é usada na área de segurança.

“O reflexo disso são delegacias, que precisam de reformas, cidades sem delegacias, poucos policiais contratados e equipamentos e mobiliários defasados, entre outras coisas”, diz o presidente do Sinpol, em texto divulgado pela entidade na semana passada.

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