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Polícia prende em três meses 25 ‘encoxadores’ que agiam no metrô

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São Paulo está dando uma dura nos ‘engraçadinhos’ que ficam se aproveitando das mulheres nos trens do metrô. Desde o começo do ano, vinte e cinco dos 26 presos em flagrante em situações de assédio sexual nos trens  foram identificados graças à ação de agentes da Polícia Civil, do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Guarda Civil Metropolitana infiltrados nos vagões. O trabalho é realizado por homens e mulheres nos três turnos do dia, informa o Terra.

Segundo o titular da Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), delegado Cícero Simão da Costa, nos próximos dias, a Polícia Civil vai pedir à Justiça a quebra de sigilo eletrônico de “um grupo grande” de participantes e autores de páginas em redes sociais que não só estimulam como organizam as chamadas “encoxadas” – como o assédio ficou popular entre seus praticantes – em redes sociais como o Facebook.

A maior parte desses grupos foi extinta depois que uma onda de denúncias veio a público. A mais notória, e justamente a que não foi identificada pelos agentes infiltrados, aconteceu no último dia 17, na estação da Luz da CPTM, quando um estudante de administração de 24 anos foi preso em flagrante por tentativa de estupro depois de atacar uma mulher de 30 anos. Testemunhas que detiveram o jovem até a chegada de seguranças relataram que, além de expor o genital dentro de um vagão lotado, o rapaz ainda ejaculou na calça da vítima.

“Tanto o Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decad) quanto o setor de Inteligência da Polícia Civil rastrearam páginas em que esses encoxadores se organizavam ou trocavam experiências sobre suas ações e levantaram dados sobre eles. Identificamos não apenas autores, como outros participantes dessas páginas, que, mesmo banidas, já estão registradas nas investigações”, avisou o delegado.

De acordo com o delegado, o trabalho dos homens e, “em boa parte”, destacou, mulheres, consiste não apenas na abordagem direta, em caso de assédio, como em conversas dirigidas a passageiros. Grupos de encoxadores que se organizam e divulgam vídeos e fotos de vítimas pelo aplicativo Whatsapp também são alvo de investigação.

“Consideramos que esse tipo de ação é típica de quadrilha. O trabalho dos policiais, agentes e guardas infiltrados segue por tempo indeterminado”, completou Costa, que, alegando razões de segurança das investigações, não citou quantas pessoas estão envolvidas no monitoramento de ocorrências do tipo.

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