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PP quer destronar Ciro Nogueira, se afastar de Dilma e colar em Aécio

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Inconformados com a postura considerada antidemocrática do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que conduziu nesta quarta-feira a convenção do partido, integrantes do diretório regional entraram com uma ação cautelar contra a decisão da legenda de apoiar a candidatura da presidente Dilma Rousseff. Oito membros do diretório nacional do partido pedem uma liminar para suspender os efeitos da convenção e a posterior anulação da reunião de maneira definitiva pela Justiça Eleitoral.

Uma das representantes do grupo de insatisfeitos, a senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que o presidente Ciro Nogueira “atropelou” o direito de manifestação dos demais colegas ao não colocar em votação durante a convenção uma moção que pedia a neutralidade do partido em relação à disputa presidencial. Nogueira colocou em votação simbólica apenas a proposta de transferir para a Executiva Nacional do PP a decisão e declarou encerrada a convenção. Em seguida, entrou rapidamente em seu gabinete e saiu anunciando que a Executiva tinha aprovado o apoio à reeleição de Dilma.

“Ele serviu um prato feito e queria que a convenção fosse homologatória e não decisória. Ele queria que a gente homologasse aquilo que ele já vinha anunciando nos jornais. Nós ficamos sabendo sobre as intenções deles pelos jornais”, disse a senadora.

Ana Amélia defende a neutralidade do partido para que seus membros fiquem livres para apoiar o candidato que julgarem ser o melhor. Segundo ela, somente com a determinação de neutralidade pela convenção, os dissidentes terão “segurança jurídica” para se aliar a outro candidato que não a presidente Dilma.

“A interpretação dos especialistas em legislação eleitoral é que eu não poderei usar o Aécio Neves na minha propaganda. Se eu o fizer poderei ser questionada pelos adversários. A questão é também que essa decisão deveria ter sido submetida aos convencionais de forma aberta e democrática e não foi assim. Foi feito de forma truculenta”, reclamou a senadora.

Para ela, se a moção que pedia a neutralidade tivesse sido votada, teria sido aprovada. “Cheguei lá imaginando que a maioria fosse pela reeleição da presidenta da República, mas no desenrolar das manifestações dos parlamentares e dos líderes eu fiquei convencida de que havia ali uma tendência muito forte pela neutralidade. Por isso ele ficou agastado quando eu coloquei a questão de ordem, ele não queria colocar em votação a questão da neutralidade. Ora, isso não é uma atitude democrática”, disse.

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