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Publicidade de Agnelo é ilusão. Fraga alfineta e exige respeito ao povo

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Não adianta buscar inspiração em Joseph Goebbels. Mostrar o falso na esperança de transformar um quadro caótico em paraíso, não dá certo. A ilusão é passageira, a máscara cai. Ditador por ditador, Hitler caiu. E a orgia com o dinheiro público de Brasília tende a levar Agnelo Queiroz para o mesmo caminho. Se o primeiro passou para a história por pretender acabar com a humanidade, o segundo entra na história por acabar com Brasília.

É assim, literalmente, que está sendo traduzido o artigo assinado pelo ex-deputado Alberto Fraga, sobre a propaganda enganosa do Governo do Distrito Federal. Coronel da reserva da Polícia Militar, presidente regional do Democratas e reconhecido por seus mais ferrenhos adversários como um dos candidatos com vaga garantida na Câmara dos Deputados no pleito de outubro, Fraga é irônico quando se refere a Agnelo.

Realista, o coronel bate no governador como quem chuta cachorro morto. A amigos e correligionários, ele não cansa de dizer, com o acerto de Nostradamus, que os dias do PT no Palácio do Buriti estão contados. E repete um bordão que virou hit nas redes sociais: ‘Governador, respeita o povo’.

O artigo de Fraga vai transcrito a seguir:

Desconfio que os marketeiros do Partido dos Trabalhadores criaram um mundo perfeito que só existe dentro das propagandas. A realidade nos Estados governados pelo PT é bem diferente do que assistimos nos comerciais. Em 2010 na Bahia a diferença da propaganda com o mundo real fez com que o grande sucesso da campanha eleitoral, tenha sido um samba que dizia: “eu quero morar na propaganda do governo da Bahia, lá é tudo maravilha, tão diferente do que eu vejo no meu dia a dia.”

Em Brasília a realidade não é diferente. O governador Agnelo Queiroz afirmou recentemente que após um ano da inauguração o Mané Garrincha supera todas as expectativas de sucesso da obra. Na propaganda pode ser assim, mas na vida real o estádio não é exatamente um sucesso. O valor gasto com a obra foi contestado por órgãos de controle e recentemente foi divulgado que o estádio foi mais caro que uma arena luxuosa construída no rico Emirados Árabe do Catar.

O fenômeno publicitário também passa pela educação noticiando elevados índices de qualidade. Na vida real, os diretores não conseguem receber os fundos públicos para manter as escolas funcionando. É comum alunos saírem mais cedo por falta de professores ou porque não tem comida para fazer o lanche.

A saúde é o exemplo mais absurdo. Na cidade da propaganda o atendimento é feito na hora, sem espera e os remédios nunca faltam. No mundo real o tempo de espera dura entre 12 a 15 horas. Não há médicos, não há remédios, seringas e nem gazes.

É prática comum do PT, usar a verba de publicidade para lustrar a realidade e, daí, angariar dividendos eleitorais, mas gostaria de dizer que com a verba de 300 milhões que está sendo usada para esse fim, o GDF poderia construir dois hospitais iguais ao de Santa Maria. Poderia recuperar a CEB e construir 50 escolas para mais de mil alunos cada. Dava para fazer as redes de águas pluviais no Noroeste e evitar as inundações na Asa Norte.

Diante dos baixos índices de avaliação, a atual administração tenta alavancar popularidade com uma avalanche de propagandas enganosas, claro. Só que quanto mais fazem filmes sobre a cidade perfeita, mais aumenta a reação das pessoas ante a ineficiência do governo. Só tenho uma forma de expressar toda minha indignação, que é também da grande maioria da população, dizendo: Governador, respeita o povo!

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