Curta nossa página


Rainha e princesas desnudas mostram o que é a tentação de gaúchos na Festa da Maçã

Publicado

Autor/Imagem:


O que você pensaria se recebesse um material de divulgação com a frase “Caia na tentação!” acima de uma imagem na qual três lindas mulheres, fotografadas da cintura para cima, cobrem o corpo apenas com maçãs? Não responda. Não é nada do que você está imaginando.

Os outdoors, cartazes, folders e outras peças publicitárias com a imagem das três beldades, acredite, integram a campanha de divulgação da 9ª Festa Nacional da Maçã e Feira Agroindustrial de Veranópolis, que acontecerá de 10 a 12 e de 17 a 21 de abril.

A cidade de 24,4 mil habitantes, também chamada de Princesa dos Vales, é aquela pacata cidade da Serra gaúcha conhecida nacionalmente como a terra da longevidade. E as três moças clicadas com as maçãs são as soberanas da festa.

O cartaz e o slogan da 9ª Femaçã ganharam destaque imediato na imprensa, nas redes sociais e nas ruas da pequena Veranópolis. A repercussão, segundo Rodrigo Pellicioli, diretor da agência local V Propaganda, e responsável pela campanha, superou todas as expectativas. “Nem os mais otimistas esperavam tanto”, admite.

Ele considera como “uma grande vitória” ter conseguido aprovar a ideia, considerada muito ousada para os padrões da cidade. “Pela primeira vez conseguimos tirar a longevidade do título. E a aprovação da campanha veio também neste sentido, de gerar curiosidade e uma certa polêmica. Deu certo.”

Esta não é a primeira vez que a campanha de divulgação da festa adquire contornos mais sensuais. A V Propaganda tentou, sem sucesso, emplacar a ideia atual na campanha da oitava edição, em 2011, quando a Femaçã voltava a acontecer, após uma interrupção de 14 anos. Antes, em 1994, na sexta edição, a foto de uma maçã mordida com o slogan “O paraíso é aqui” também gerou certa polêmica.

Agora, Rodrigo não considera a possibilidade de que a ousadia possa acabar em propaganda negativa. “Aqui na cidade houve um início de repercussão negativa, mas pequeno, e, a nível estadual, é praticamente zero.” O jingle da campanha utilizará o mesmo mote das imagens e chamadas.

Fora atrair público e visibilidade para o evento, o objetivo é romper com uma espécie de padrão que existe nas festas regionais que acontecem em um sem número de cidades do Estado. Além de festas de produtos como queijo, polenta, chucrute e cuca com linguiça, o Rio Grande do Sul é pródigo em eventos de frutas, que têm como expoente a Festa da Uva, realizada na cidade de Caxias do Sul.

Mas há para todos os gostos: tem festa de morango, kiwi, laranja, bergamota, butiá, pêssego, abacaxi, figo, melancia e até melão. Em todas, via de regra, há um padrão praticamente definido: duas princesas e uma rainha escolhidas em concursos com formatos semelhantes aos de misses ajudam a divulgar os eventos.

Vestidas em trajes típicos luxuosos ou roupas de gala, elas integram comitivas que entregam convites oficiais a autoridades como o governador e, dependendo do grau de importância, até para a presidência da República. Debaixo da chuva que caracteriza o inverno gaúcho ou dos 40°C que marcam os termômetros em janeiro, com os mesmos trajes realizam périplos intermináveis por redações, entidades de classe e instituições.

Agora, anfitriões estão na expectativa sobre os modelos a serem trajados pela rainha e as princesas durante as visitas oficiais. Adepto da máxima “a propaganda é a alma do negócio”, Rodrigo adianta: “a quem por acaso criticar o fato de que nossas soberanas não estão com os trajes tradicionais, eu lembro que as maçãs das fotos são as da variedade gala”, brinca.

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência Estadão, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.