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Reforma que permite Japão entrar em guerra deixa Abe a perigo

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O índice de popularidade do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, caiu para 38,9% após a aprovação de uma polêmica reforma das Forças Armadas que afeta a Constituição pacifista do país, conforme pesquisa divulgada neste domingo pela agência de notícias “Kyodo”.

O resultado contrasta com os 43,2% de popularidade obtidos pelo chefe de governo japonês em outra pesquisa realizada pela “Kyodo” em agosto, e é um dos índices mais baixos de popularidade de Abe desde que assumiu o poder no país no final de 2012.

Os entrevistados também mostraram uma grande rejeição à reforma impulsionada pelo governo e aprovada graças à maioria da coalizão que governa o Japão, o Partido Liberal-Democrata (PLD), no Congresso.

A mudança na legislação permitirá que as Forças de Autodefesa do Japão apoiem militarmente um aliado se ele for atacado e também participar de missões de paz da ONU com um papel de maior destaque.

Até então, o artigo 9º da Constituição adotada pelo país por ordem dos Estados Unidos após a derrota na Segunda Guerra Mundial impedia que o Japão usasse a força para resolver conflitos e enviasse tropas ao exterior.

No entanto, o governo liderado por Abe aprovou em 2014 uma reinterpretação do artigo para poder apresentar a nova lei, que despertou a rejeição da oposição e grande parte da população, que considera que a mudança desrespeita a Constituição pacifista.

Entre os entrevistados, apenas 14,1% consideraram que o parlamento debateu a nova lei de forma suficiente, enquanto outros 79% afirmaram achar necessários mais discussões no plenário. Além disso, 68% disseram que a reforma aumenta o risco de as tropas japonesas se envolverem em um conflito armado.

A maior reforma em matéria de segurança do Japão em 70 anos levou dezenas de milhares de pessoas a protestar em frente ao parlamento de Tóquio nos últimos meses.

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