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Saída para a crise do País passa por um grande pacto federativo, diz ministro Joaquim Levy

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A austeridade por si só não é suficiente, são necessários investimentos e um pacto com o Legislativo para superar a crise, afirmou nesta segunda-feira (7) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele participou de um seminário com o ministro de Economia da Espanha, Luiz de Guindos, em Madri, sobre o estímulo à economia brasileira para empresários e investidores espanhóis.

Bem-humorado, Levy falou sobre o ajuste fiscal e a atual situação da economia brasileira. Segundo ele, a decisão de deixar de lado as medidas anticrise não foi tomada apenas devido aos gastos, mas porque elas já cumpriram seu papel e já não faziam tanto efeito.

Ele defendeu o ajuste fiscal e disse que a economia brasileira está se restabelecendo. “Estamos pautando uma política que garanta a sustentabilidade da dívida, é importante manter o rating [nota] da dívida e focar numa trajetória sustentável”, declarou.

Perguntado se a crise política do país provoca insegurança econômica, o ministro afirmou que “há questões não econômicas que têm que ser resolvidas, mas a parceria, especialmente com o Senado, de regras, com orientação de médio prazo, faz muita diferença”.

“Essa combinação da confirmação do compromisso fiscal junto com uma agenda legislativa propositiva e responsável é o caminho político que vai fazer com que essa transição se acelere”, afirmou Levy.

Em relação às manifestações contra a presidente Dilma Rousseff, Levy afirmou: “Esta é uma demanda muito clara: quando a sociedade vai à ru, ela pede um governo mais transparente e mais eficiente”. Ele disse que esse trabalho de ajuste está alinhado com essa reivindicação.

O ministro disse que o objetivo do governo é, “junto com a responsabilidade fiscal, consolidar os avanços sociais, de melhora da escolaridade dos últimos anos, de manter o estado de bem-estar social que criamos”.

Levy também elogiou a recuperação da economia espanhola e afirmou ter recebido boas notícias de Guindos sobre o crescimento do país.

“É muito interessante ver todo esse crescimento e como a responsabilidade em tomar medidas corretivas, quando necessário, transformou a vida de todos os espanhóis e deu projeção internacional, e particularmente na América Latina, para as empresas espanholas”, destacou.

O ministro da Fazenda disse que a primeira coisa que se vê do ajuste são os custos, mas que os benefícios virão no médio prazo. Para ele, o ajuste fiscal brasileiro não precisará ser tão firme quanto o espanhol, já que a economia do país é diversificada o suficiente para se recuperar rapidamente. “Em alguns semestres já veremos crescimento”, previu.

“A economia está se reequilibrando, no balanço de pagamentos, onde havia deficit crescente; na balança comercial, que deixou de ter deficit. A contribuição positiva do setor externo este ano foi de 1% do PIB”, ressaltou o ministro.

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