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São Paulo coloca time reserva em campo, faz 3 a 0 e piora situação do América-MG

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Vítor Marques

A boa vitória do São Paulo contra o lanterna América-MG pode, ao menos, trazer novo ânimo para o jogo que realmente interessa: a “decisão” em Medellín, nesta quarta-feira, contra o Atlético Nacional. A viagem à Colômbia ganhou novos ares após os 3 a 0 conquistados em um estádio do Morumbi vazio, neste domingo, na capital paulista, pela 14.ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Valeu pelo lado psicológico ao reanimar um time destroçado pela derrota no primeiro jogo da semifinal (2 a 0) e que agora precisa de um milagre, um 3 a 0 a seu favor fora de casa, para chegar à final da Copa Libertadores. É difícil, mas não impossível.

Do ponto de vista prático (o futebol do time), o jogo deste domingo não significa nada como comparação com o duelo de quarta-feira. Todas as condições e as variáveis são diferentes. Contra o América-MG, o técnico argentino Edgardo Bauza escalou um time reserva com algumas exceções: Denis, Maicon, que está suspenso na Libertadores, e o peruano Cuevas, que não está inscrito na competição sul-americana.

Além disso, o América-MG é um time fraco em comparação com o Atlético Nacional. Os mineiros, aliás, são candidatíssimos ao rebaixamento. Com mais de um terço do Brasileirão disputado, somam apenas oito pontos (20 a menos que os líderes Palmeiras e Corinthians).

Contra o Atlético Nacional, a missão de Edgardo Bauza será montar um São Paulo sem seus dois melhores jogadores (Maicon e Paulo Henrique Ganso, machucado) e capaz de desfazer a boa vantagem que os colombianos têm no mata-mata. Se não obtiver resultado, o treinador argentino terá de apostar tudo no Brasileirão.

Alguns jogadores que atuaram contra o América-MG podem ganhar espaço no time. O jovem Lyanco, por exemplo, seria opção caso Rodrigo Caio seja negociado com a Lazio. O lindo gol que ele marcou, o primeiro como profissional, valeu por todo o primeiro tempo.

Lyanco saiu lá de trás, correu por todo o campo adversário, ganhou da marcação e bateu firme, frente a frente com o goleiro. “Nunca vou esquecer”, disse o jogador de apenas 19 anos, tratado como uma promessa dentro do Morumbi.

O jogador do São Paulo está certo em comemorar o golaço que marcou, mas o belo lance só expôs a fragilidade do time mineiro, que recuava a cada passo de Lyanco. Nem em treino um jogador tem tamanha facilidade para chegar ao gol.

Quando Lyanco fez o segundo gol, aos 42 minutos, os reservas do São Paulo já venciam o América-MG sem muito esforço. Alan Kardec abriu o placar aos 34, ao escorar de cabeça uma falta cobrada por Centurión. O time de Edgardo Bauza nem precisava jogar bem para dominar o adversário.

Plantado a trás, o América-MG tentou explorar o contra-ataque, mas sequer chegava perto de Denis. O São Paulo teve espaços pelo lados do campo, com os laterais Auro e Carlinhos. Centurión e Cuevas também tinham liberdade.

Se o São Paulo tivesse sido mais objetivo, o primeiro teria terminado com um placar mais largo que os 2 a 0. Os mineiros estavam tão mal no jogo que o técnico português Sérgio Vieira fez duas substituições no intervalo. De nada adiantou.

Alan Kardec marcou o terceiro gol do São Paulo aos 14 minutos do segundo tempo, garantindo a vitória diante de 8.198 pagantes. A torcida organizada fez seu protesto e passou a primeira etapa calada.

Foi o primeiro jogo após a diretoria anunciar que rompeu relações com as torcidas organizadas, decisão tomada depois da confusão entre torcedores e PM na quarta-feira passada depois do jogo pela Libertadores. Em seu perfil no Twitter, a Independente pediu o “fim da opressão” nos estádios.

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